Por Roberto Samora, da Reuters – As exportações de carne suína do Brasil totalizaram 112,2 mil toneladas em setembro, recorde mensal histórico do setor, com a forte demanda da China, que levou quase metade do total, informou nesta terça-feira (5) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
O número, que inclui todos os produtos, entre in natura e processados, é 29,7% maior que o embarcado no mesmo período de 2020, e supera a marca mensal histórica alcançada pela indústria em março deste ano, de 109,2 mil toneladas.
A China importou 53,4 mil toneladas em setembro, volume 22% superior ao registrado no mesmo período de 2020.
"O desempenho mensal histórico nas exportações de carne suína reforça as projeções da ABPA de um ano com recordes acumulados em volume e receita cambial para a suinocultura do Brasil", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Segundo ele, o quadro de demanda internacional segue favorável, "reduzindo a pressão enfrentada pelo setor produtivo com custos de produção elevados".
Em receita, as exportações de carne suína de setembro geraram saldo de 255,8 milhões de dólares, alta de 35,6% ante 2020.
No acumulado do ano até setembro, as exportações brasileiras do produto alcançaram 868,8 mil toneladas, volume 13,58% maior ante o mesmo período do ano passado.
No mesmo período, as exportações de carne suína geraram receita de 2,061 bilhões de dólares, desempenho 22,9% maior.
Hong Kong, com 15,7 mil toneladas (+60,9%) e Chile, com 4,8 mil toneladas (+24,5%), estão entre os outros importantes importadores em setembro.
"Outros mercados da Ásia e América do Sul também ampliaram as suas importações, incluindo Filipinas, Argentina, Japão e outros, contribuindo para que o setor superasse a marca de 2 bilhões de dólares em exportações em apenas nove meses", disse o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.