O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quarta-feira (20), em evento na cidade de Russas, no Ceará, o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil. O formato do financiamento virou uma queda de braço entre as alas política e econômica do governo.
No entanto, mesmo sem explicar a origem dos recursos, Bolsonaro prometeu que não vai furar o teto de gastos, regra que limita o avanço das despesas à inflação. "Temos a lei do teto, que respeitamos", afirmou.
"Ontem nós decidimos, como está chegando ao fim o auxílio emergencial, dar uma majoração para o antigo programa Bolsa Família, agora chamado Auxilio Brasil, a R$ 400", declarou o presidente em evento do edital para construção do Ramal do Salgado, um canal do projeto de integração do Rio São Francisco.
"Temos a responsabilidade de fazer com que recursos saiam do Orçamento da União, ninguém vai furar teto, ninguém vai fazer nenhuma estripulia no Orçamento. Mas seria extremamente injusto deixar 17 milhões de pessoas com valor tão pouco (sic) no Bolsa Família", acrescentou.
Apesar da promessa de Bolsonaro, o governo flerta com a flexibilização do teto para justamente conseguir arcar com R$ 400 de benefício. Quando a proposta era de R$ 300, já havia a ideia de limitar o pagamento de precatórios através de uma PEC, justamente pelo espaço reduzido do teto de gastos enquanto o Congresso pressiona por mais emendas parlamentares.
*Com informações do Estadão