Nesta quinta-feira (4), o banco digital alemão N26 anunciou o início de suas operações no Brasil, após ter adiado esse plano em 2019. Com novidades como antecipação salarial e contas compartilhadas, a empresa diz ter a intenção de lançar no país a “segunda geração de fintechs”, concorrendo diretamente com Nubank, Banco Inter, Neon e C6.
A N26 pretendia chegar ao Brasil em 2019, se tornando o primeiro mercado na América Latina, mas interrompeu o projeto devido a pandemia de COVID-19. Na época, a equipe formada por 15 pessoas inclusive chegou a obter a licença de Sociedade de Crédito Direto, fornecida pelo Banco Central, para que a empresa pudesse funcionar como instituição financeira no Brasil.
Por aqui, a empresa deverá adotar o mesmo modelo que utiliza na Europa: o freemium, em que parte dos recursos são gratuitos e outros, pagos. Os valores ainda não foram definidos para a operação brasileira, mas os clientes alemães pagam até 20 euros (R$ 129) por mês.
Uma das funcionalidades mais interessantes da N26 são a ferramenta Spaces, que permite criar até duas subcontas compartilhadas de graça, ou pagando se quiser mais que isso. Fora isso, outro diferencial é a antecipação de salário em até dois dias.
Para o diretor geral da empresa no Brasil, Eduardo Prota, a N26 representa uma segunda geração de fintechs porque a primeira democratizou o acesso a certas ferramentas financeiras, e agora pretendem orientar melhor os clientes.
“Queremos resolver o problema do brasileiro. O acesso aos produtos ficou mais fácil, mas o aconselhamento segue difícil. É como se você fosse a uma farmácia e começasse a ter que buscar remédios sem conhecimento”, disse Prota em entrevista para o Estadão.
*Com informações do Estadão