Balanços 3T21

Via (VIIA3) reverte lucro e reporta prejuízo líquido de R$ 638 milhões no 3º trimestre

Os números da companhia foram impactados por R$ 810 milhões apurados por revisões em provisões geradas por processos trabalhistas

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A Via (VIIA3), ex-Via Varejo, controladora das Casas Bahia e Ponto (ex-Ponto Frio), registrou um prejuízo líquido de R$ 638 milhões no terceiro trimestre deste ano. O resultado reverte um lucro líquido de R$ 590 milhões apurado no período entre julho e setembro de 2020 e representa uma queda de 208,1%.

Segundo informações da companhia, os números foram impactados pela saída de R$ 810 milhões por revisões em provisões geradas por processos trabalhistas.

Os processos decorrem principalmente de demissões promovidas pela empresa desde 2011, segundo a empresa. “Há muitos casos nos tribunais superiores que custam 32% a mais em comparação a 2019 e 2020”, alegou. 

A companhia espera um impacto no caixa de R$ 300 milhões a R$ 400 milhões com os processos no período entre outubro e dezembro, que podem ir de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões em 2022.

Já o lucro líquido comparável para os ajustes não recorrentes foi de R$ 101 milhões (margem líquida de 1,4%), basicamente estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

A receita líquida, entretanto, recuou 6% na base anual, de R$ 7,81 bilhões para R$ 7,35 bilhões.

O volume bruto de mercadoria (GMV) subiu 6%, para R$ 11,1 bilhões, impulsionado pelas vendas digitais, que representaram 60% do GMV total no período. 

O volume bruto de mercadoria das lojas físicas caiu 14,3%, para R$ 5,21 bilhões. Já as vendas digitais brutas somaram R$ 6,62 bilhões.

O marketplace teve salto de 133% na base anual e somou R$ 2 bilhões em receita, com participação nas vendas on-line de 30%, alta de 12,6% na base de comparação ano a ano.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 669 milhões entre julho e setembro, valor 6,7% superior ao informado um ano antes. A margem Ebitda ajustada subiu 1,1 p.p., de 8,0% para 9,1%.