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Qual a melhor maneira de investir no mercado de capitais norte-americano?

Cada vez mais pessoas procuram por maneiras de aplicar recursos nos EUA como estratégia de diversificação das suas carteiras de ativos

- Standret/Freepik
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O mercado de capitais norte-americano não é a única opção de investimento no exterior, mas sem dúvidas enche os olhos da maioria dos investidores. E não por menos, afinal, é o maior do mundo e tem a estabilidade do dólar.

Por isso, cada vez mais pessoas  procuram por maneiras de se informar e aplicar recursos nos EUA como estratégia de diversificação das suas carteiras de ativos. 

Conforme a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), no primeiro trimestre deste ano, os investimentos em fundos com ativos no exterior – excluídos títulos, ações e cotas de outros fundos – cresceram 38,4% em junho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, e somou R$ 799,7 bilhões. 

Os números chamam atenção, mas como saber se essa estratégia pode funcionar também para você? E ainda: por meio de quais produtos disponíveis você pode investir lá fora? Afinal, quais são as reais vantagens ao reservar uma parcela dos seus recursos no exterior?

Confira algumas informações que podem ajudar a sanar essas dúvidas.

Estratégia de diversificação

Antes de tudo, entenda que investir no exterior vale a pena, mas não porque isso pode trazer rendimentos extraordinários à sua carteira. Ao aplicar seus recursos lá fora, encare essa estratégia como uma ferramenta de diversificação e proteção aos seus ativos.

Analistas reforçam o discurso da diversificação como um mecanismo que garante o sucesso dos seus investimentos, à medida em que isso minimiza riscos de perdas quando seus recursos são aplicados em um único ativo.

Então, adicionar à carteira títulos, ações, cotas em fundos e demais opções podem ajudar você a atingir objetivos com os seus investimentos, mas nem todos os meios de investimento exigem que você retire seus recursos do Brasil para aplicá-los lá fora como veremos abaixo:

BDRs

Os BDRs — Brazilian Depositary Receipts — são certificados que têm a rentabilidade atrelada a papéis de companhias estrangeiras, ou seja, os papéis são adquiridos no exterior por uma corretora, que emite os BDRs em território nacional. 

A valorização do ativo segue o comportamento dos papéis da empresa, mas os processos de compra e liquidação são feitos em reais.

Fundos de investimento

Outra opção interessante são os fundos de investimento que compram títulos, ações e cotas de outros fundos em outros países, mas têm sua gestão e administração realizadas por instituições brasileiras. 

Ao investir nessa modalidade, você conta com a gestão profissional de corretoras que o auxiliam no momento certo de comprar ou vender uma ação.

ETFs

Já os ETFs — Exchange Traded Funds, na sigla em inglês — são fundos de investimentos ligados a algum índice de referência. Eles são negociados na bolsa de valores, da mesma forma que as ações, e seguem o comportamento de um índice específico. 

No Brasil, por exemplo, há ETFs atrelados ao Ibovespa, formado por 84 empresas que negociam o maior volume de papéis diariamente na Bolsa. Caso o Ibovespa suba, os fundos também ganham. Agora, se o índice cai, os investidores perdem.

Conta fora

Há, ainda, a possibilidade de você abrir uma conta no exterior. Trata-se de um processo fácil, e você não precisa necessariamente sair do Brasil. Entretanto, os bancos tradicionais costumam ser mais burocráticos e podem exigir que você compareça pessoalmente à agência

O processo de documentação costuma variar de acordo com o banco e o país de destino. No Brasil, grandes bancos como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Santander oferecem essa opção. 

O Banco Itaú fornece essa possibilidade exclusivamente por meio da conta para investidores chamada Itaú International Investment Account.

Ao optar por essa modalidade, você deve procurar uma conta para não residente. Em algumas instituições, você deve comprovar o vínculo com o país como investimentos ou estudos. 

Em geral, os documentos exigidos para a abertura de uma conta no exterior são documento de identidade (RG); CPF; comprovante de residência (faturas de luz, água, telefonia ou contrato de aluguel); comprovante de renda, holerite ou carteira de trabalho (CTPS); e passaporte.

Além disso, alguns bancos podem exigir o depósito de um valor para a abertura de conta. Entretanto, ao abri-la, esteja atento ao fato de que ela deve ser declarada em seu Imposto de Renda, independentemente dos valores movimentados.