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IPCA: inflação fica em 0,95% no mês de novembro e chega a 10,74% em doze meses

Essa foi a maior variação para o mês desde 2015; em outubro, entretanto, indicador havia subido 1,25%

- Fernando Frazão/Agência Brasil
- Fernando Frazão/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro foi de 0,95%, 0,30 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de 1,25% de outubro.

Foi a maior variação para um mês de novembro desde 2015 (1,01%).

No ano, o IPCA acumula alta de 9,26% e, nos últimos doze meses, de 10,74%, acima dos 10,67% observados nos doze meses imediatamente anteriores.

A variação acumulada em doze meses é a maior desde novembro de 2003 (11,02%). Em novembro de 2020, a variação mensal foi de 0,89%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O índice veio abaixo da mediana de mercado (1,10%), segundo pesquisa da Reuters.

Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em novembro.

A maior variação (3,35%) e o maior impacto (0,72 p.p.) vieram dos Transportes. A contribuição desse grupo, individualmente, correspondeu a cerca de 76% do índice do mês (0,72 p.p. do total de 0,95 p.p.).

Os Transportes (3,35%) foram influenciados, principalmente, pela alta nos preços da gasolina (7,38%), que contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês (0,46 p.p.). Com o resultado de novembro, a variação acumulada do combustível nos últimos 12 meses foi de 50,78%.

Além disso, houve altas também nos preços do etanol (10,53%), do óleo diesel (7,48%) e do gás veicular (4,30%).

Ainda em Transportes, destacam-se as altas em automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%), com variações maiores que as de outubro (1,77% e 1,13%, respectivamente).

Os preços das motocicletas (1,29%), por sua vez, subiram menos que no mês anterior (1,86%).Ainda em Transportes, destacam-se as altas em automóveis novos (2,36%) e usados (2,38%), com variações maiores que as de outubro (1,77% e 1,13%, respectivamente). Os preços das motocicletas (1,29%), por sua vez, subiram menos que no mês anterior (1,86%).

O segundo maior impacto (0,17 p.p.) foi da Habitação (1,03%), cujo resultado ficou próximo ao do mês anterior (1,04%).

Em Habitação (1,03%), a maior contribuição (0,06 p.p.) veio mais uma vez da energia elétrica (1,24%). 

Desde setembro, permanece em vigor a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

As variações entre as áreas foram desde -1,92% em Belém, onde houve redução de PIS/Cofins, até 10,96% em Goiânia, onde houve reajuste de 16,37% nas tarifas, a partir de 22 de outubro.

Também houve reajustes em Brasília (8,28%), de 11,69%, em vigor desde 22 de outubro; em São Paulo (0,98%), reajuste de 16,44% em uma das concessionárias, a partir de 23 de outubro; e em Porto Alegre (-1,07%), alta de 14,70% em uma das concessionárias, a partir de 22 de novembro.

A queda em Porto Alegre decorreu da redução na alíquota de PIS/Cofins.

Na sequência, veio Despesas pessoais (0,57%), que contribuiu com 0,06 p.p.

No lado das quedas, os destaques foram Saúde e cuidados pessoais (-0,57%) e Alimentação e bebidas (-0,04%), com impactos de -0,07 p.p. e -0,01 p.p., respectivamente.

Com informações de IBGE.