Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – Com a proximidade do fim do ano, o BTG Pactual (SA:BPAC11) já está de olho nos possíveis cenários para o Ibovespa em 2022.
A evolução da inflação e do PIB no país serão fundamentais para determinar os rumos da bolsa de valores, assim como as taxas de juros de longo prazo.
Em um cenário mais otimista, mas viável para o BTG, a inflação em 2022 seria mantida na meta de 3,5%, com os juros de longo prazo em 4% e o PIB em 2%. O Ibovespa chegaria a 132.324 pontos, com um preço por lucro (P/L) de 12,7x, em linha com o seu valuation histórico.
Outra possibilidade em linha com o cenário atual, o BTG projeta o Ibovespa com um valor estimado de 104.466 pontos nos próximos 12 meses. Para isso, seria considerado um múltiplo justo de 10,3x P/L, com uma inflação de 4,5%, taxas de juros reais de 4,5% e crescimento real do PIB de 1,5%.
Já em uma perspectiva mais conservadora e pessimista, o BTG Pactual estima a inflação em 5,5%, com as taxas de juros de longo prazo em 5,5% e sem um crescimento real do país. Nesse cenário, o P/L seria de 7,5x e o Ibovespa valeria 77.972 pontos.
Também existem as chances de que as variáveis macroeconômicas atuais se mantenham no longo prazo. Assim, o BTG assume uma inflação de 5%, com as as taxas de juros reais em 5% e que um PIB real de 0,5%. Nesse cenário, o P/L seria de 8,5x, com o Ibovespa a 88.369 pontos.
Uma projeção mais otimista assume uma inflação de 3%, taxas reais de 3,5% e crescimento real do PIB de 2,5%. Com essas premissas, o múltiplo P/L justo do Ibovespa é 15,8x, com 165.405 pontos.
Além disso, o BTG projeta uma opção ideal, com inflação de 2,5%, taxas reais de longo prazo de 3% e crescimento real do PIB de 3%, implicando em um múltiplo P/L justo de 21,1x, com o Ibovespa a 220.539 pontos.
Às 13h39, o Ibovespa operava com leve alta de 0,17%, a 107.936 pontos, após avançar mais de 1% e atingir máxima de 109.943 pontos durante a manhã.