Preço salgado

Em novembro, valor gasto na cesta de consumo aumentou em 6 das 8 cidades pesquisadas

Rio de Janeiro ainda continua com a cesta de consumo mais cara

- Foto: PhotoMIX Company / Pexels
- Foto: PhotoMIX Company / Pexels

O valor médio da cesta de consumo básica de alimentos de novembro aumentou em relação ao mês anterior em seis das oito capitais analisadas mensalmente pela plataforma Cesta de Consumo HORUS/FGV IBRE.

As maiores altas foram registradas em Curitiba (7,8%), Belo Horizonte (4,6%) e São Paulo (3,0%), em relação aos valores de outubro/21. Fortaleza apresentou retração de 1,4% no valor total da cesta básica e Brasília, uma leve queda de 0,6%.

A cesta mais cara foi a do Rio de Janeiro (R$ 824,82), seguida pelas de São Paulo (R$ 798,99) e Fortaleza (R$ 704,66). Por outro lado, as capitais Belo Horizonte (R$ 542,38), Brasília (R$ 593,32) e Manaus (R$ 626,49) registraram os menores valores.

Cesta Básica

Capital

Valor Médio

Valor Médio

Variação

10/2021

11/2021

Belo Horizonte

518,76

542,38

4,6%

Brasília

597,07

593,32

-0,6%

Manaus

618,46

626,49

1,3%

Curitiba

592,07

638,14

7,8%

Salvador

654,55

673,08

2,8%

Fortaleza

714,61

704,66

-1,4%

São Paulo

776,03

798,99

3,0%

Rio de Janeiro

809,74

824,82

1,9%

Legumes

O grupo de produtos que apresentou aumento de preço mais expressivo e em todas as capitais foi o de legumes, composto por batata, cenoura e cebola, cuja variação no mês foi pressionada pela tendência de alta no preço da batata e da cebola, influenciado, principalmente, por fatores climáticos que prejudicaram a colheita.

Óleo de soja e café em pó também apresentaram aumento de preços em todas as capitais, este último chegando a uma variação de 7,5% no Rio de Janeiro.

Açúcar e carne bovina tiveram tendência de alta em seis das oito capitais, seguindo o padrão de alta verificado nos últimos meses.

Os problemas climáticos também têm sido o principal motivo de aumento de açúcar e café, devido à quebra de safras e consequente redução da oferta no mercado.

Além disso, o aumento dos preços internacionais e a valorização do dólar têm sido um incentivo para exportação, empurrando ainda mais para cima os preços no mercado interno.

A redução do preço de bovinos e da carne bovina no atacado, apontada nos índices recentemente divulgados pelo FGV IBRE, não se refletiu no varejo na mesma proporção. Verifica-se uma retomada da tendência de alta de preço para o consumidor neste momento, que pode ser atribuída à demanda aquecida para as festas de fim de ano.

Alguns produtos também apresentaram redução de preço. É o caso do arroz e leite UHT, que apresentaram queda no preço médio nas 8 capitais, além do feijão, leite condensado e pão, que também tiveram redução de preço em 4 cidades.Mais barato

Os altos níveis dos preços do feijão e do arroz tem impactado na demanda, forçando o preço para baixo. Além disso, o retorno das chuvas, quebrando o longo período de seca, vem contribuindo para o aumento da oferta desses produtos e para a melhoria das pastagens, o que reflete também na maior oferta de leite.

Em Curitiba, cidade que apresentou maior variação no valor da cesta básica, os produtos que mais subiram foram fubá e farinhas de milho (6,2%), açúcar (5,7%), margarina (5,1%) e café em pó (4,4%).

Ampliada

Quando se considera a cesta de consumo ampliada, que inclui bebidas e produtos de higiene e limpeza, além de alimentos, houve um aumento no valor médio em seis das oito capitais analisadas, em relação ao mês anterior.

As capitais que apresentaram valores mais altos da cesta ampliada foram Rio de Janeiro (R$ 1.753,09), São Paulo (R$ 1.700,93) e Fortaleza (R$ 1.507,96), seguindo o mesmo comportamento da cesta básica.

Na cesta ampliada, destaca-se a elevação de preços bebidas – cerveja e refrigerante -, enlatados e conservas, creme dental e batata congelada, esta última acompanhando a tendência de preços da batata in natura.

Analisando o comportamento dos preços nos últimos 6 meses dos itens da cesta ampliada, destaca-se o aumento de preços em todas as capitais de produtos de higiene e limpeza (sabonete e amaciantes), além de café, açúcar, margarina e frango, que têm sido objeto de destaque recente dos índices de preços em geral, em virtude de sua contribuição para a inflação de alimentos.