Por Ana Beatriz Bartolo, da Investing.com – O modelo de negócio da XP (SA:XPBR31) (NASDAQ:XP) está se tornando cada vez mais resiliente, ao passo em que o preço da sua ação está ficando mais barato, defende o BTG Pactual (SA:BPAC11).
Porém, os analistas do BTG apontam que o free float da empresa era de 25% quando a XP fez o IPO, mas que ele pode chegar a 80% no ano que vem, dependendo da velocidade com que Itaúsa (SA:ITSA4) e IUPAR se desfazem das suas participações.
Assim, apesar do viés positivo, o BTG mantém uma recomendação neutra sobre as ações da XP, com preço-alvo em US$ 39.
Segundo o BTG, durante o Investor Day da XP, a empresa destacou como os novos setores de atuação contribuíram com R$ 404 milhões na sua receita bruta dos últimos 12 meses terminados no 3T21, algo em torno dos 3% do total.
A previdência foi responsável por 43% desse montante, os cartões, por 23%, o crédito, por 20%, e os seguros, por 14%.
A expectativa da XP é que esses segmentos alcancem uma receita de R$ 10 bilhões em 2025, ou pelo menos 25% das receitas totais.
Considerando uma receita bruta da XP em R$ 13 bilhões no final de 2021, isso significaria triplicar os resultados em quatro anos para alcançar pelo menos R$ 40 bilhões.
Essa meta é 25% acima das projeções do BTG.
Outro ponto destacado pelo relatório é o constante crescimento de formação de mercado pela XP, que se beneficia da escala da plataforma e o fortalecimento da atividade nos mercados secundários.
Para o BTG, a companhia tende a se beneficiar no longo prazo da implementação do modelo de oferta Retail Liquidity Provider (RLP), mesmo que ainda não gere receitas durante as fases testes na B3 (SA:B3SA3) que acontecem no ano que vem.