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Deixou as compras de fim de ano para a última hora? Confira essas dicas antes de começar a gastar

Se você faz parte da parcela da população que deixou essa tarefa para a última hora, é melhor tomar cuidado. Na correria das compras às vésperas das festas, a pressa, com certeza, pode ser inimiga da perfeição

- Rovena Rosa/ Agência Brasil
- Rovena Rosa/ Agência Brasil

Então, é Natal…e o presente do amigo secreto ou as lembrancinhas dos familiares já foram comprados? Se você faz parte daquela parcela da população que deixou essa tarefa para a última hora, é melhor tomar cuidado. Na correria das compras às vésperas da data, a pressa, com certeza, pode ser inimiga da perfeição.

Por isso, mesmo em cima da hora, tente organizar ao máximo suas compras. Tanto para não se arrepender e acertar em cheio no presente, quanto para não comprometer demais o orçamento ou cair em golpes. 

Planeje

Lembre-se que o comércio está cheio de promessas e atrações. Por isso, ser seduzido pelos letreiros e promoções e acabar comprando por impulso é muito fácil nesta época.

Uma dica para evitar que isso aconteça é fazer uma lista com todos os itens que precisa comprar antes de sair de casa. Isso ajuda a não esquecer nada e também diminui as chances de você comprar além do que precisa. 

Mas atenção: leve a lista a sério e nada de comprar além do que está lá. “Essa é uma época do ano em que muitos acabaram de receber o décimo terceiro, o que pode dar a sensação de estar com os bolsos cheios. Contudo, a primeira regra do planejamento financeiro é ter disciplina! Não esqueça que as contas do começo do ano chegarão e esse dinheiro extra pode fazer falta lá na frente”, aconselha Fabio Murad, planejador financeiro e Co-CEO da SpaceMoney.

Cuidado na hora de pagar

Um levantamento realizado pela Trigg, fintech que facilita acesso a crédito, com 10.338 brasileiros entre os dias 19 e 26 de novembro, mostra que 96% dos brasileiros pretendem comprar neste Natal, 19% a mais que em 2020. Como forma de pagamento, 97,06% pretendem pagar com cartão de crédito.


 
“Não é surpresa as pessoas quererem comprar mais neste Natal. Com a abertura do comércio e, de certa forma, um contexto social em que as pessoas estão voltando a se encontrar, as festas de final de ano estão sendo retomadas e as pessoas se preparam para esse momento, presenteando aquelas que amam e comprando comidinhas para a ceia”, avalia Wellington Alves, CEO da Trigg. 
 
Porém, o cartão de crédito exige diversos cuidados em relação à segurança, tanto dos dados quanto do bolso.

Golpes

Para evitar os golpes envolvendo o cartão, fique atento a algumas questões. Se você estiver fazendo compras físicas, por exemplo, não desgrude os olhos do cartão. Nada de deixar a pessoa ir até outro lugar para passar a compra.
 
Na hora de digitar a senha, verifique o valor a ser cobrado e se você irá colocar os números realmente no campo destinado à senha. Quando receber o cartão, tenha certeza de que ele realmente é o seu.
 
Nas compras online, prefira sites de lojas conhecidas e repare sempre no cadeado que indica que a página é segura.
 
Se puder, opte por utilizar os cartões virtuais, isso evita que os golpistas acessem seus dados. 
 
E um detalhe: você está fazendo compras de última hora, então, certifique-se que seus produtos chegarão na data que você precisa entregar os presentes.

Cuidado com as parcelinhas

Conforme Wellington Alves, CEO da Trigg, a preferência pelo cartão de crédito tem um motivo: o parcelamento. As pesquisas mostram que os consumidores vão utilizar o cartão mesmo sem dinheiro, ganhando, assim, um prazo maior para pagar.
 
Para 68% dos entrevistados, o maior parcelamento no crédito (sem juros) será uma forte influência na decisão de compra. Mas isso exige muita atenção porque de parcelinha em parcelinha a fatura do próximo mês pode estourar o orçamento.

Então, o ideal é reservar um dinheiro e pagar as compras à vista. Se você não tem condições, procure por promoções e pense não só no tamanho das parcelas mensais, mas no valor total da sua fatura.
 
Segundo uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 15% dos consumidores que realizaram compras de final de ano em 2020 ficaram com o nome sujo por causa das dívidas pendentes, sendo que 8% ainda estão negativados. 
 
“É compreensível o apelo ao consumo durante o Natal, mas a pessoa deve gastar de acordo com sua realidade financeira. Se há dívidas a pagar, assumir novos compromissos poderá piorar ainda mais este quadro. O ideal é restringir os gastos e equacionar as contas em atraso em primeiro lugar”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.