Ibovespa

Ibovespa tem queda em dia de baixas nos mercados internacionais; dólar sobe

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, iniciou a sessão desta terça-feira (10) em queda de 0,46%, com 110.520,38 pontos, às 10h24.

Em virtude das reuniões do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), nos EUA, e do Comitê de Política Monetária (Copom), no Brasil, bem como o prazo de 15 de dezembro como data limite para os acordos entre EUA e China, os mercados hoje devem permanecer com um viés de baixa.

Dólar

Na direção oposta, o dólar comercial tem alta de 0,39%, cotado a R$ 4,145, no mesmo horário, um dia após fechar com a menor cotação do mês, a R$ 4,1285.

As performances dos marcadores podem ser explicadas pelos principais acontecimentos do dia:

Fomc

Nos EUA, a expectativa da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), do Banco Central americano (Fed), que se inicia hoje e terminará amanhã (11). Mesmo após severas críticas do presidente Donald Trump, que afirma que o Fed está tentando frear a economia americana com sua política, é esperado uma manutenção dos juros na faixa de 1,5% e 1,75%.

Guerra comercial

Domingo (15) é o último dia antes da elevação de tarifas alfandegárias de 10% para 15% sobre U$ 165 bilhões de produtos chineses por parte dos americanos. Esse fato deixa a semana como sendo decisiva para que se firmem acordos comerciais entre os dois países, porque analistas do mercado dizem que, depois de instauradas, é muito improvável que China e EUA voltem a conversar sobre uma resolução da guerra comercial.

Inflação na China

O índice de preços ao consumidor da China apresentou expansão de 4,5%, na comparação anual de novembro. Esse é o maior nível em oito anos, impulsionado pela alta no preço dos alimentos, em especial a carne suína, muito afetada pela peste suína africana, que restringiu diversos rebanhos pelo mundo e fez a procura aumentar nos outros mercados.

Copom

Começa hoje a última reunião do ano do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve confirmar as expectativas de um corte na taxa básica de juros (Selic) de 0,5%. Entretanto, especialistas alertam que o preço da carne, que teve alta nos últimos dias, deve adiar esse corte para o início do ano que vem.

Apesar disso, os índices positivos da semana passada, como o PIB em alta e a inflação controlada, devem confirmar as expectativas de um reaquecimento da economia local, puxada pelo avanço dos setores de consumo e serviços.

Boletim Focus

O Banco Central divulgou ontem (09), por meio do seu boletim focus, as expectativas do mercado para o próximo ano. Com o PIB do terceiro trimestre já avançando acima do esperado, as projeções para 2020 são de um crescimento de 2,24%, ante aos 2,20% da semana passada.

O índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) divulgado na semana passada registrou uma alta de 0,51% em relação ao mês anterior. Entretanto, analistas do mercado projetam que o impacto causado pelo aumento dos preços da alimentação e transporte são de curto prazo, e mantém a expectativa da inflação em 3,60% para 2020.

O mesmo ocorre para a taxa Selic, que deve se manter me 4,50% para o próximo ano.

Em relação ao dólar comercial, há a expectativa de que feche o ano cotada a R$ 4,15, contra os R$ 4,10 da semana passada. Em virtude dos recordes de alta intradiários, espera-se, para o ano que vem, que a moeda feche o ano a R$ 4,10.