O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, encerrou o pregão desta quinta-feira (19) com alta de 0,71%, aos 115.131,25 pontos. O valor corresponde à nova máxima histórica de fechamento da sessão.
Durante a manhã, o mercado seguiu com cautela por conta do processo de impeachment do presidente dos EUA, Donald Trump, e a possível da volta de um imposto nos moldes da antiga Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) sobre transações bancárias.
Contudo, durante a tarde, após a divulgação da geração de emprego no país no mês de novembro, o marcador se animou, porque os números geram maior expectativa perante a possibilidade de uma retomada da economia brasileira. Assim, o Ibovespa atingiu também a máxima intradiária de negociações: 115.132,01 pontos.
Dólar
Na mesma direção, o dólar comercial encerrou com queda de 0,069%, cotado a R$ 4,06.
Confira as principais notícias para o dia:
Criação de empregos
Beneficiada pelo comércio e pelos serviços, a criação de empregos com carteira assinada atingiu, em novembro, o oitavo mês seguido de crescimento. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do MInistério da Economia, 99.232 postos formais de trabalho foram criados no último mês.
Assim, o valor corresponde ao melhor nível de abertura de postos de trabalho para novembro desde 2010.
Impeachment de Trump
A Câmara dos Deputados dos EUA votou, na noite de ontem (18), a favor da instauração de um processo de impeachment contra o presidente Donald Trump. A Casa, de maioria democrata, se baseou nas acusações de abuso de autoridade de Trump por espionar o filho do então pré-candidato à presidência da oposição, Joe Biden.
O texto segue agora para o Senado americano, de maioria republicana, e precisa da aprovação de dois terços para o presidente perder o cargo. Analistas de política especulam que o processo não será aprovado e fortalecerá ainda mais Trump, que tem a seu favor uma considerável popularidade e indicadores econômicos positivos.
Banco Central eleva estimativa do PIB
O Banco Central (BC) aumentou a projeção de crescimento para 2019 e 2020, segundo o relatório trimestral, divulgado hoje (19). A previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os produtos e serviços do país, passou para1,2% para 2019 e 2,2% para 2020.
A instituição destaca que a elevação da projeção se deve ao fato de os indicadores mostrarem um caminho de aquecimento da economia nacional, como foi divulgado ontem (18) pelo Índice de Preços Gerais – Mercado (IGP-M).
Sobre a taxa básica de juros, a Selic, a instituição afirmou que o ciclo é de otimismo, mas deve haver cautela na condução da política monetária a partir de agora.
Inflação
O BC também divulgou a prévia da inflação para o mês de dezembro, onde estima que o índice atingirá 0,81% em dezembro e 0,53% em janeiro de 2020. Caso se torne realidade, o indicador terá alta, para o trimestre, de 1,80%, acima da variação de 0,90% do mesmo período de 2018.
Essa alta pode ser explicada pelo aumento do preço da carne, dos reajustes das loterias e da bandeira vermelha para a tarifa da energia elétrica. Apesar disso, a inflação está abaixo do centro da meta de 4,5%, o que indica que está controlada.
Confiança na indústria
O Índice de Confiança na Indústria brasileira (ICI), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), cresceu três pontos em relação a novembro, atingindo o patamar de 99,3 pontos, o melhor desde julho de 2018, quando atingiu 99,5 pontos. Já o Índice de Expectativas também teve elevação de 2,3 pontos, saltando para 99,1 pontos.