O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava no início da tarde desta sexta-feira (10) com ganhos de 0,47%, aos 116.540,00 pontos, atualizado às 12h18. Após cinco sessões de queda, o cenário externo favorável e sem grandes notícias que afetam o mercado fizeram a bolsa reverter e operar com ganhos.
A alta volatilidade da bolsa esta semana se deve ao cenário externo de tensão dos últimos dias entre Irã e EUA, além de indicadores da indústria e o IPCA apontarem para uma melhora da economia cada vez mais desanimadora.
Dólar
Já o dólar comercial operava com desvalorização de 0,55%, cotado a R$ 4,064. Nesta semana, é a queda mais expressiva após a moeda americana atingir a maior valorização desde novembro do ano passado.
Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:
Mercados internacionais
As bolsas asiáticas fecharam com leves ganhos, perto da estabilidade, enquanto as bolsas europeias operavam de maneira mista. Já os futuros de Nova York apontavam para uma abertura em alta generalizada. Os mercados pelo mundo desviaram suas atenções do Oriente Médio e focam na assinatura do acordo comercial entre EUA e China, na semana que vem.
Guerra comercial
Com o possível fim da tensão entre EUA e Irã, o mundo se volta para a resolução do conflito entre os Estados Unidos e China. A delegação chinesa tem uma viagem marcada para o país no dia 15 de janeiro para a assinatura da chamada “fase 1” dos acordos. Em um segundo momento, Trump visitaria a China para assinar a segunda fase dos acordos.
Brexit aprovado
Na tarde desta quinta-feira, o parlamento britânico aprovou uma lei que permite a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) com um acordo. No dia 31 de janeiro, o evento conhecido como Brexit encerrará mais de três anos de negociação.
Por 300 votos a 231, foi aprovado o projeto que implementa o acordo de saída, pondo fim aos temores implantados pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, de uma saída instantânea e desorganizada. O projeto segue para a câmara alta do Parlamento e deve se transformar em lei nas próximas semanas.
Novo controle de preços?
O ministério de Minas e Energias anunciou que pretende criar uma espécie de fundo para conter a volatilidade no preço dos combustíveis. O ministro Bento Albuquerque pretende unir o excedente da produção de petróleo com os royalties da exploração petrolífera, já que um novo imposto foi descartado pelo governo.
Já o presidente da república Jair Bolsonaro defendeu que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) deveria ser aplicado na saída do combustível das refinarias e não nas bombas de combustível.
IPCA
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é uma prévia da inflação oficial. O indicador teve alta de 1,15% em dezembro e, no acumulado de 12 meses, teve alta de 4,31%, acima do centro da meta de 4,25%.
IGP-M
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M), que mede a variação de preços da economia brasileira, teve alta de 0,67% na primeira prévia de janeiro, ante 1,83% no mesmo período do mês anterior, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira. Apesar do avanço, o índice demonstra um enfraquecimento da tendência de alta.
Destaques
Bancos
O ITAÚ UNIBANCO PN avançava 0,7%, após acumular uma perda semanal de 8% e o BRADESCO PN mostrava elevação de 0,3%, e as demais ações de banco operam com o índice no azul, após a notícia de ontem de que uma maior competitividade será endossada pelo Banco Central.
Vale ressaltar a valorização do Banco Inter que, por volta das 11h20, avançava 3,46%. Após divulgar noite de ontem seus dados operacionais no quarto trimestre, chegando ao final do período com 4,1 milhões de clientes, ficando 1,5% acima do que era esperado pelo BTG Pactual.