O Ibovespa encerrou esta quinta-feira (16) com alta de 0,25%, aos 116.704,21 pontos. O principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, oscilou durante o dia mas acabou seguindo as altas das bolsas dos EUA e refletindo o resultado acima do esperado IBC-Br de novembro, divulgado na manhã de hoje e considerado prévia do PIB.
Dólar
Por sua vez, o dólar comercial registrou nova alta, de 0,15%, cotado a R$ 4,191, nova máxima de fechamento desde o início de dezembro. Segundo analistas, a tendência revela desconfiança do investidor em relação à recuperação da economia brasileira.
Mercados internacionais
As bolsas asiáticas fecharam de forma mista, com avanços na Coréia do Sul e Hong Kong, queda em Xangai e a bolsa japonesa estava próxima da estabilidade.
Já as principais bolsas europeias registraram queda, com perdas nas bolsas da Alemanha (DAX: -0,021%) e Reino Unido (FTSE 100: -0,43%).
Nos EUA, as bolsas apresentavam valorização, próximas ao encerramento da sessão de negociações, após a divulgação de balanços corporativos.
Veja os principais fatores que influenciaram hoje o mercado financeiro:
Fase 1 dos acordos
Na tarde de ontem (15), EUA e China se reuniram para a assinatura da chamada “fase 1” dos acordos que colocariam fim na guerra comercial entre os dois países. Essa primeira fase diz que os Estados unidos se comprometeram em reduzir as tarifas sobre produtos chineses e o país asiático passará a comprar mais produtos e serviços americanos.
Apesar do otimismo, a expectativa é de que uma nova rodada de negociações só ocorra após as eleições dos EUA, ou seja, em novembro.
O efeito do acordo no Brasil
Como mostrou o jornal O Globo, um levantamento de Oxford, a primeira fase do acordo comercial entre EUA e China pode afetar em até R$ 10 bilhões, aproximadamente 5%, as exportações brasileiras. Partes do tratado sobre importações afirmam que o país asiático deverá comprar produtos agrícolas americanos, como soja, milho, carnes bovina, suína e de aves, entre outros.
Indicação para OCDE
Os Estados Unidos enviaram uma carta para a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para apoiar a entrada do Brasil no grupo. No ano passado, os EUA indicaram a Argentina para integrar a organização, mas, segundo analistas, com a saída do liberal Maurício Macri, os americanos decidiram priorizar a entrada brasileira. A expectativa é de que isso aconteça até o final do mandato do atual presidente, Jair Bolsonaro.
IBC-Br
O Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, teve alta de 0,18% em novembro com relação ao mês anterior. Em comparação a novembro de 2018, o índice teve alta de 1,10%, acima do esperado de 0,90%, o que afasta o pessimismo de uma aceleração econômica mais fraca.
IGP-10
O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10), medido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), teve alta de 1,07%, desacelerando ante a taxa de 1,69% no mês anterior. A queda do indicador se deve a uma baixa nos preços do atacado.