O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava, às 10h15 desta quinta-feira (30), com forte queda de 1,43%, aos 113.735,48 pontos. A retomada do medo do coronavírus derrubou as bolsas pelo mundo e o índice segue o mesmo movimento.
Já o dólar comercial opera em alta de 0,74%, cotado a R$ 4,250, no mesmo horário. Ontem (29) a moeda americana fechou com maior valor em mais de dois meses, cotado a R$ 4,220.
Veja os principais fatores que podem influenciar os marcadores na sessão de hoje:
Mercados internacionais
Por causa do Ano Novo Chinês, a bolsa da China não abriu, mas as bolsas de Japão, Coreia do Sul e Hong Kong fecharam com fortes quedas.
Os investidores focam na reunião, marcada para esta quinta-feira (30), do Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) que irá decidir novas medidas para considerar emitir um alerta global sobre a emergência do vírus.
Os índices da Europa também operam em queda e os futuros de Nova York apontam para uma sessão de baixa.
Coronavírus
O número de casos confirmados e mortes pela nova cepa (variedade) de coronavírus só aumenta. Até a última atualização, 170 pessoas morreram e mais de sete mil já foram contaminadas, com a maioria dos casos ocorrendo na China. Nesta semana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou o status de preocupação com a epidemia de “moderada” para “elevada”.
No Brasil, nove casos suspeitos da doença estão sendo investigados em pessoas que estiveram ou entraram em contato com pessoas que viajaram para a China nos últimos meses.
Além do gigante asiático, outros 14 países também tiveram casos.
Enfim, o Brexit
Após se arrastar por quase quatro anos, o parlamento da União Europeia (UE) assinou o acordo do Brexit, abrindo caminho para saída do Reino Unido do bloco. O Brexit finalmente entrará em vigor nesta sexta-feira (31), iniciando o período de transição de 11 meses em que Londres e Bruxelas devem negociar o futuro do país com a UE.
Reunião do Fed
O Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, encerrou ontem (29) sua reunião para decidir sua política monetária. Conforme o esperado pela maioria dos analistas de mercado, o órgão manteve as taxas de juros na faixa de 1,5% a 1,75%, em decisão unânime. Leia mais.
IGP-M
O Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) iniciou com alta de 0,48% em janeiro, desacelerando sobre o avanço de 2,09% em dezembro devido ao arrefecimento dos preços tanto no atacado quanto no varejo. Divulgado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira (30), o indicador ficou abaixo do esperado de uma pesquisa feita pela Reuters com economistas, em que o índice teria alta de 0,54%.
A ligeira queda do índice sugere uma lenta e gradual recuperação do setor, que vem melhorando conforme aumentam as perspectivas de melhora geral da economia.
Investimentos em estatais
O valor de investimentos em estatais no ano de 2019 foi de R$ R$ 58,3 bilhões, uma queda de 31,3% ante os R$ 84,8 bilhões investidos em 2018, como mostra a reportagem do jornal Valor Econômico. Em nota, o Ministério da Economia afirmou que 94% do valor foi destinado à Petrobras e Eletrobras, que estão em fase de desestatização, o que explica o menor valor.