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Ibovespa retoma sessão após 2º circuit breaker do dia; dólar permanece em alta

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, retomou negociações após segundo circuit breaker do dia durante o pregão desta quinta-feira (12). Por volta das 12h21, as perdas eram de 15,5%, aos 71.972,74 pontos.

Foi a quarta parada nos negócios durante a semana, com os ânimos acirrados por conta dos estragos da pandemia de coronavírus na economia. Após primeiro circuit breaker do dia, a bolsa retomou a sessão em baixa. Às 11h15, as quedas alcançaram 15,43% aos 72.026,68 pontos, e foi acionada novamente nesta quinta-feira (12). Nesse caso, as negociações param por uma hora.

Na retomada, o dólar comercial tinha alta, com valorização de 3,27% ante o Real e cotado a R$ 4,87. Mais cedo, a moeda norte-americana chegou a valer R$ 5, pela primeira vez na história. O Banco Central anunciou hoje um leilão de US$ 2,5 bi, na tentativa de segurar a alta.

Ontem, houve o segundo circuit breaker da semana, um mecanismo de defesa contra a volatilidade, com o anúncio da OMS (Organização Mundial da Saúde) de que o surto de COVID-19 é uma pandemia.

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A semana já começou com pânico generalizado nos mercados, com o preço do petróleo e os receios com o coronavírus. Na segunda-feira, a bolsa ficou parada por meia hora, com o o primeiro circuit breaker da semana.

Em Wall Street, as bolsas americanas também acionaram o mecanismo por 15 minutos após queda de 7% nas ações. Bolsas europeias caíram 10% em decorrência do circuit breaker nos Estados Unidos.

Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei teve forte recuo. A Bolsa de Xangai também encerrou o pregão com perdas.

Na Europa, DAX 30 e FTSE 100 tinham grandes perdas, de mais de 9%. O índice CAC 40 também derretia, caindo mais de 10%.

Já em Nova York, Dow Jones afundava 8,27%, enquanto Nasdaq perdia 6,94% e S&P 500 amargava queda de mais de 7%, após circuit breaker também por lá.

Leia mais: No Japão, ações fecham em queda e Índice Nikkei 225 recua 4,41%

O histórico de circuit breakers no Ibovespa

É a quarta vez na história que ocorrem dois circuits breakers no mesmo dia. A paralisação de uma hora já foi acionada em 1998 (crise na Rússia); 2008 (crise do suprime nos EUA); e agora, em 2020.

Três circuit breakers na mesma semana é novidade na história da bolsa brasileira. O mecanismo foi acionado nesta segunda-feira, na quarta-feira, e hoje. O caso mais recente até agora de parada nas negociações foi em 2017, no “Joesley Day.”

Coronavírus

Ontem, a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que o surto de COVID-19 é uma pandemia, e o número de afetados e óbitos deve aumentar. Ao redor do globo, são quase 130 mil ocorrências, com mais de 4700 mortos. No Brasil, são 68 casos.

Os mercados se frustraram com a suspensão de voos entre Europa e Estados Unidos por 30 dias, anunciada em discurso do presidente Donald Trump. Há também um pacote de medidas econômicas para conter os estragos com o coronavírus, como desoneração da folha de pagamentos e adiantamento na data de pagamento de impostos, que visa gerar liquidez de US$ 200 milhões.

Hoje, o Banco Central Europeu tem sua reunião monetária, e a presidente Christine Lagarde prometeu medidas em resposta à crise do coronavírus.

No Brasil

O governo federal sofreu mais um revés no Congresso na última quarta-feira: foi derrubado um veto presidencial em relação ao BCP, um subsídio pago para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Isso custará R$ 20 bilhões em 2020. Na próxima década, significa gastos de mais de R$ 200 milhões, ou seja, 25% da economia feita com a reforma da previdência.

Petróleo

O petróleo continua em queda, chegando a US$33,7 por barril. O preço da commodity vem sofrendo desde o fim de semana passado, com o anúncio de que a petroleira estatal saudita elevará a produção ao máximo, após discordância com outro produtor, a Rússia.

Balanços

Ofuscado pelo caos generalizado, o noticiário corporativo de hoje tem a divulgação dos resultados de empresas como BR Malls e CVC para depois do fechamento.