O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, abriu o pregão desta quarta-feira (18) em baixa, seguindo os mercados internacionais, assustados com o coronavírus. Por volta das 10h10, as perdas eram de 0,75%, aos 74.054,86 pontos.
O dólar comercial tinha alta, com valorização de 2,87% ante o Real e cotado a R$ 5,146. No começo da semana, a moeda norte-americana renovou a máxima histórica no fechamento, passando dos R$ 5. Hoje, o Banco Central repete a dose de leilões, na tentativa de conter a alta.
Os mercados seguem em pânico com a epidemia do novo coronavírus. Na segunda-feira, o Ibovespa teve um circuit breaker logo no início da sessão. A semana passada foi a pior desde 1997, com acionamento do mecanismo por 4 vezes.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve recuo de mais de 2%. A Bolsa de Xangai encerrou o pregão em queda de mais de 1%.
Na Europa, DAX 30 derretia 5%, enquanto o índice CAC 40 perdia quase o mesmo valor. O FTSE 100 tinha queda de 4,65%.
Em Nova York, os futuros operavam em campo negativo.
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Coronavírus
A pandemia do novo COVID-19 continua a avançar — e assustar os investidores, que ainda avaliam os pacotes econômicos lançados ao redor do mundo.
No Brasil, o número de casos se aproxima de 300, com 2 mortes registradas. Ontem, o segundo teste do presidente Bolsonaro para a doença deu negativo, mas o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Heleno, está com a doença. O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, afirmou que o período agudo do surto pode durar de 60 a 90 dias:
https://twitter.com/rickmdias/status/1240001318820995074
No mundo, são mais de 200 mil ocorrências, com os óbitos passando de 8 mil.
Calamidade pública
Na noite de ontem, o governo afirmou que vai pedir ao Congresso o reconhecimento de calamidade pública no país, com a pandemia de COVID-19. A lei flexibiliza o cumprimento de regras fiscais em momentos de crise, possibilitando maiores gastos com a crise. No entanto, a aprovação da medida pode significar mais obstáculos para o ajuste fiscal.
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Copom
Termina hoje a reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central e o anúncio Selic fica para depois do fechamento do mercado. A expectativa do mercado (consenso Bloomberg) é de que haja diminuição da taxa básica de juros para 3,75% a.a. seguindo o movimento internacional, mesmo com a desvalorização cambial do real. No Twitter, no entanto, tinha quem apostava em uma redução maior:
No bolão do COPOM amanhã eu vou em corte de 1 ponto na Selic 👍🏻
Exagerado, mas será a realidade.
— Everton Macedo 🚀 (@EvertonLeblon) March 17, 2020