O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com forte alta durante o pregão desta sexta-feira (20), seguindo a recuperação dos mercados internacionais. Por volta das 12h, os ganhos eram de 2,2%, aos 69.835,82 pontos.
O dólar comercial abriu em queda, com desvalorização de 1,59% ante o Real e cotado a R$5,023. Ontem, o Banco Central anunciou acordo com o Federal Reserve para ampliar a oferta da divisa.
Os mercados seguem em pânico com a epidemia do novo coronavírus. Na segunda-feira, o Ibovespa teve um circuit breaker logo no início da sessão. Ontem, a dose se repetiu no começo da tarde. A semana passada foi a pior desde 1997, com acionamento do mecanismo por 4 vezes.
Veja os principais fatores que influenciaram o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve recuo de 1%. A Bolsa de Xangai encerrou o pregão com ganhos de 1,61%.
Na Europa, DAX 30 ganhava mais de 4%, enquanto o índice CAC 40 tinha alta de mais de 5%. O FTSE 100 subia mais de 1%.
Em Nova York, Dow Jones avançava quase 2%, S&P 500 tinha ganhos de mais de 1% e a Nasdaq subia mais de 2%.
Coronavírus
A pandemia do novo COVID-19 continua a avançar, mas os investidores parecem estar um pouco mais otimistas após os pacotes de estímulos de diversos BCs.
No Brasil, o número de casos passa de 400, com 6 mortes registradas. No mundo, são mais de 250 mil ocorrências, com os óbitos passando de 10 mil.
Medidas econômicas
Ontem o Banco Central da Inglaterra se juntou à lista de países que cortaram juros, na tentativa de estimular a economia, abalada pela crise com o COVID-19.
No Brasil, mais medidas foram anunciadas, como a antecipação do seguro-desemprego para quem tiver redução salarial ou de jornada. No Senado, pode ser aprovada hoje o reconhecimento de calamidade pública, que permite flexibilização de gastos em momentos delicados, como a da pandemia.
Tensão com a China
O Brasil entrou em contenda com China a partir de um tweet publicado pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro. O filho do presidente culpou a administração chinesa pela pandemia de coronavírus, e recebeu resposta do embaixador chinês no Brasil, que exigiu pedido de desculpas. O país asiático é um grande parceiro comercial do Brasil.
NOTA OFICIAL SOBRE AS CRÍTICAS DA EMB. CHINA AO MEU RETWITE
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Jamais ofendi o povo chinês, tal interpretação é totalmente descabida. Esclareço que compartilhei postagem que critica a atuação do governo chinês na prevenção da pandemia, … pic.twitter.com/zAal6YIUWR
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) March 19, 2020
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) March 20, 2020