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Em dia de quedas, Ibovespa desvaloriza 4,35% e dólar supera R$ 5,3

Em dia de quedas, Ibovespa desvaloriza 4,35% e dólar supera R$ 5,3

O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava em campo negativo durante o pregão desta sexta-feira (03), com cada vez mais indicadores econômicos ao redor do mundo mostrando o impacto do coronavírus. Por volta das 15h05, as perdas eram de 4,35%, aos 69.110,90 pontos.

O dólar comercial era negociado com valorização de 0,91% ante o Real, cotado a R$ 5,314.

O Ibovespa fechou a última sessão com ganhos, após dois dias de perdas. No começo da semana, na segunda-feira, o índice encerrou o pregão no positivo. Na semana passada, teve pregões seguidos de alta, sentindo os estímulos dos pacotes econômicos ao redor do mundo, mas, na sexta-feira, teve perdas.

Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei teve leve alta de de 0,1%. Já a Bolsa de Xangai encerrou o pregão em queda de 0,6%.

Em Nova York, Dow Jones tinha queda de 2,46%, enquanto o S&P perdia 2,52%. A Nasdaq descia 2,55%.

Na Europa, DAX 30 operava com ligeira queda, de 0,47%, enquanto o FTSE 100 caía 1,18%. Já o índice CAC 40 cedia 1,57%.

Coronavírus

A pandemia do novo coronavírus continua a avançar. No Brasil, o número de casos passa de 8 mil, com 328 mortes registradas. No mundo, são mais de 1 milhão de ocorrências, com mais de 50 mil óbitos.

Petróleo

O commodity registrou as maiores altas diárias de sua história ontem, com o brent avançando 21% e o WTI disparando quase 25%. A retomada aconteceu depois do presidente norte-americano, Donald Trump, sinalizar um possível acordo entre Arábia Saudita e Rússia sobre a produção do óleo. A expectativa de uma reunião da OPEP na próxima segunda, onde pode ser decidida uma redução na oferta, também animou os mercados.

Dados econômicos

Hoje as atenções se voltam para o payroll dos Estados Unidos, que mostrou o declínio de 701 mil vagas de emprego no último mês. A queda nos postos de trabalho era esperada, uma vez que, ontem, os dados do seguro-desemprego já mostraram forte destruição de vagas, com 6,6 milhões de norte-americanos pedindo o benefício.

Os números de outros pontos do globo também revelam a força da pandemia. Na Europa e no Japão, o PMI composto, que mede o desempenho do setor industrial e de serviços, atingiu seu menor nível na história: 29,7 para a Zona do Euro e 36,2 no país asiático.

No Brasil

No cenário interno, as tensões se renovaram com Jair Bolsonaro afirmando que falta “humildade” para o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta. Por outro lado, o líder do Executivo afirmou que não vai demitir o subordinado “durante a guerra”. O presidente também insistiu em reabrir o comércio, parado com a quarentena, via decreto.