O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com forte alta durante o pregão desta segunda-feira (06), puxado pelos ganhos nas bolsas estrangeiras. Na Europa, os números mostram melhora da epidemia de coronavírus, o que abriu o apetite por risco. Por volta das 14h35, os ganhos eram de 7,85%, aos 74.994,91 pontos.
O dólar comercial era negociado com desvalorização, caindo 1,40% e cotado a R$ 5,252 ante ao Real.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve alta de de 4,24%. Já a Bolsa de Xangai não teve pregão, devido a feriado na China.
Em Nova York, Dow Jones subia mais de 5%, assim como o S&P 500 e Nasdaq.
Na Europa, DAX 30 subia mais de 5%, enquanto o FTSE 100 ganhava mais de 3%. Já o índice CAC 40 tinha valorização de mais de 4%.
Coronavírus
Na Europa, o registro de novos casos de Covid-19 teve queda relevante, dando esperanças de que a crise se encaminha para o fim no Velho Continente. A expectativa puxou as bolsas europeias para fortes altas.
Já em escala global, a doença afetou mais de 1 milhão de pessoas, deixando mais de 70 mil mortos. No Brasil, as ocorrências são mais de 11 mil, com 488 óbitos.
Petróleo
O otimismo com o possível acordo em torno da commodity arrefeceu após a reunião da OPEP, marcada para hoje, ser adiada para a próxima quinta-feira. Tanto o brent quanto o WTI operavam em queda.
Mais estímulos econômicos
Em live no último fim de semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária trabalha com bancos para garantir que os recursos liberados devido à crise do coronavírus cheguem rapidamente aos cidadãos mais afetados. Além disso, sinalizou a possibilidade de nova redução de compulsórios, mais créditos para pequenas e médias empresas e interferência no câmbio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a reforma tributária deve ser enviada ao Legislativo em até 40 dias, e estimou que a turbulência provocada pela pandemia pode durar até 4 meses. O economista também citou uma possível linha de crédito do BNDES para empresas que faturam até R$ 300 milhões.
Em Brasília
No cenário político, continua a briga do presidente Jair Bolsonaro com o ministro Luiz Henrique Mandetta. No último domingo, o líder do Executivo disse que alguns membros do governo “viraram estrelas” e que ele não tem medo de “usar a caneta” para demissões.
No Congresso, avança o Orçamento de Guerra, aprovado na última sexta-feira pela Câmara dos Deputados. A proposta flexibiliza o montante destinado ao combate da pandemia, permitindo o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e da regra de ouro.