O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou com forte alta durante o pregão desta segunda-feira (06), puxado pelos ganhos nas bolsas estrangeiras.
No entanto, os ganhos, que chegaram a 8% ao longo do dia, diminuíram após o jornal O Globo afirmar que o ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, seria demitido ainda hoje. No fim das negociações, a alta foi de 6,52%, aos 74.072,98 pontos.
O dólar comercial, que experimentou forte desvalorização ao longo do dia, também diminuiu as perdas ante ao real no fim do pregão. A moeda norte-americana caiu 0,64% e cotado a R$ 5,292 ante ao Real.
Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:
Mercados internacionais
No Japão, o Nikkei teve alta de de 4,24%. Já a Bolsa de Xangai não teve pregão, devido a feriado na China.
Em Nova York, Dow Jones subiu mais de 7%, assim como o S&P 500 e Nasdaq.
Na Europa, DAX 30 fechou o dia com ganhos de 5,74%, enquanto o FTSE 100 ganhou 3,08%. Já o índice CAC 40 teve valorização de mais de 4%.
Mandetta
Foi anunciado pelo jornal carioca O Globo que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, seria demitido ainda hoje (06) pelo presidente Jair Bolsonaro. O veículo afirma que a informação foi confirmada por “dois auxiliares do presidente”, mas o Planalto não se pronunciou oficialmente até agora, 17h. Um dos nomes cotados para assumir a pasta é o ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra, que se opõe ao isolamento horizontal.
Coronavírus
Na Europa, o registro de novos casos de Covid-19 teve queda relevante, dando esperanças de que a crise se encaminha para o fim no Velho Continente. A expectativa puxou as bolsas europeias para fortes altas.
Já em escala global, a doença afetou mais de 1 milhão de pessoas, deixando mais de 70 mil mortos. No Brasil, as ocorrências são mais de 11 mil, com 488 óbitos.
Petróleo
O otimismo com o possível acordo em torno da commodity arrefeceu após a reunião da OPEP, marcada para hoje, ser adiada para a próxima quinta-feira. Tanto o brent quanto o WTI operavam em queda.
Mais estímulos econômicos
Em live no último fim de semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária trabalha com bancos para garantir que os recursos liberados devido à crise do coronavírus cheguem rapidamente aos cidadãos mais afetados. Além disso, sinalizou a possibilidade de nova redução de compulsórios, mais créditos para pequenas e médias empresas e interferência no câmbio.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a reforma tributária deve ser enviada ao Legislativo em até 40 dias, e estimou que a turbulência provocada pela pandemia pode durar até 4 meses. O economista também citou uma possível linha de crédito do BNDES para empresas que faturam até R$ 300 milhões.
Em Brasília
No Congresso, avança o Orçamento de Guerra, aprovado na última sexta-feira pela Câmara dos Deputados. A proposta flexibiliza o montante destinado ao combate da pandemia, permitindo o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal e da regra de ouro.