Ibovespa

Ibovespa fecha com alta de 2% e retoma os 80 mil pontos; dólar recua para R$ 5,74

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, fechou o pregão desta quinta-feira (07) em alta, seguindo os mercados internacionais, aliviados com a redução das tensões entre EUA e China. Os ganhos foram de 2,75%, aos 80.263,35 pontos.

O dólar caiu após bater recorde novamente no fechamento de ontem. A moeda norte-americana registrou desvalorização de 1,71%, cotada a R$ 5,740.

Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei 225 fechou com ganhos de 2,56%. Já a bolsa de Xangai encerrou a sessão com alta de 0,83%.

Na Europa, DAX 30 avançou 1,35%. FTSE 100 está fechado, devido a feriado comemorativo do fim da Segunda Guerra Mundial. CAC 40 teve alta de 1,07%.

Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq tiveram ganhos de 1,91%, 1,69% e 1,58%.

EUA x China

Após as tensões com as acusações norte-americanas à China, a conversa do secretário dos EUA, Steve Mnuchin, com o vice-premiê chinês, Liu He, trouxeram otimismo as mercados asiáticos e europeus. As autoridades deram continuidade às discussões sobre a primeira fase do acordo comercial entre os dois países, assinado no começo do ano.

Payroll dos EUA

Foi publicado na manhã de hoje o relatório de emprego mensal dos EUA, mostrando que o país perdeu 20,5 milhões de postos de trabalho em abril, o pior resultado histórico para um mês. Apesar disso, a destruição de empregos veio abaixo das expectativas de mercado, que apontavam perda de 22 milhões.

Inflação

Os números do IPCA, divulgados pelo IBGE na manhã de hoje, mostraram deflação de 0,31% em abril, menor resultado em 22 anos. O preço de combustíveis, castigados pela falta de demanda em meio à pandemia, pressionou para baixo o índice. Por outro lado, foi registrado aumento nos preços de alimentos.

Balanços

A temporada de balanços continua hoje: Hapvida e M Dias Branco publicam seus resultados para o 1º trimestre de 2020.

Coronavírus

Estava programada para hoje a apresentação de um plano de abertura para o estado de São Paulo, mas a escalada do novo coronavírus no país adiou o movimento: o governador João Doria prorrogou a quarentena estadual até o dia 31 de maio. Além do aumento exponencial de casos e mortes, a taxa de isolamento média é de 47%, abaixo do ideal. A expectativa é que as medidas de distanciamento se endureçam, a exemplo do lockdown já praticado em algumas cidades do nordeste brasileiro.

Em Brasília

Apesar do recorde de 619 mortes por covid-19 em 24 horas, o presidente Jair Bolsonaro visitou o ministro do STF, Dias Toffoli, e defendeu o retorno à normalidade, em transmissão nas redes sociais. Também ontem, o líder do Executivo afirmou que vetará o reajuste de servidores públicos. No entanto, segundo o líder do governo na Câmara, major Victor Hugo, a ordem de barrar o congelamento de salários foi do próprio Bolsonaro.