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Com nova projeção de queda na economia, dólar segue em alta, a R$ 5,83; Ibovespa reverte ganhos e retorna aos 79 mil pontos

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O Ibovespa, principal índice acionário da B3, a bolsa brasileira, operava com queda durante o pregão desta segunda-feira (11), seguindo os mercados internacionais, que avaliam a evolução da pandemia de coronavírus e a situação entre Estados Unidos e China. Por volta das 15h47, as perdas eram de 0,77%, aos 79.647,10 pontos.

Após bater recordes na semana passada, o dólar voltava a avançar, com o menor apetite a risco. A moeda norte-americana registrava forte valorização de 1,60%, cotada a R$ 5,832.

Veja os principais fatores que influenciam o mercado financeiro na sessão de hoje:

Mercados internacionais

No Japão, o Nikkei 225 fechou com ganhos de 1,05%. Já a bolsa de Xangai encerrou a sessão com perdas de 0,02%.

Na Europa, DAX 30 recuou 0,73% e FTSE 100 teve alta de 0,06%%. CAC 40 teve perdas de 1,31%.

Nos Estados Unidos, Dow Jones operava em baixas de 0,11%. S&P 500 ganhava 0,30%. Nasdaq tinha valorização de 1,13%.

EUA x China

Na última sexta-feira, os mercados tiveram um alívio em relação às duas potências, mas o presidente Donald Trump voltou a acusar o país asiático de fabricar o novo coronavírus em laboratório em Wuhan. Pequim negou novamente e pediu que os EUA apresentem provas.

Coronavírus

Com mais de 160 mil casos e 11 mil óbitos pelo covid-19, aumentam pelo país os lugares em lockdown, ou seja, isolamento total. Hoje, por exemplo, a cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, adota a política. A capital fluminense e o município de São Paulo devem estudar a possibilidade nesta semana. Na semana passada, cidades como São Luís e Belém já estavam em lockdown.

Enquanto isso, o resto do mundo se divide entre reaberturas e preocupação com novas contaminações. Enquanto o presidente dos EUA, Donald Trump, pressiona pela retomada, novos casos surgem dentro da Casa Branca, entre os assessores do vice Mike Pence. Já na Europa, França, Espanha e Reino Unido afrouxam o isolamento. Preocupa o salto nos casos em locais em que o surto já era considerado controlado, como Alemanha e Coreia do Sul.

Balanços

A temporada de resultados continua nesta segunda-feira com a divulgação dos números para o 1º trimestre da BRF, antes da abertura dos mercados. Depois do pregão, é a vez de Carrefour e Mitre.

Boletim Focus

O compilado de projeções feito pelo Banco Central apresentou expectativa de queda maior no PIB deste ano: antes em -3,76, a nova estimativa é de tombo de -4,11. Após corte na Selic na semana passada, agora o mercado prevê a taxa básica em 2,50 a.a. no final de 2020.

Em Brasília

No cenário interno, o presidente Jair Bolsonaro disse que deve aprovar hoje a ajuda a estados e municípios, vetando o reajuste a servidores — posição defendida pelo ministro Paulo Guedes, tendo em vista o problema fiscal. Enquanto isso, o presidente também lida com inquérito no STF, sobre as acusações do ex-ministro Sérgio Moro de que Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. Além disso, o líder do Executivo tenta pressionar a reabertura econômica com decretos sobre as categorias essenciais.