Dívidas

Muitas dívidas? Esta é a melhor maneira de lidar com a situação

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As dívidas acumuladas podem tirar o sono de muita gente: a inadimplência atingiu sua máxima histórica no mês de maio, com 10,6% das famílias brasileiras no vermelho, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio. Mas qual é o nível aceitável de débitos no fim do mês?

“O ideal é não comprometer mais de 30% do seu orçamento com dívidas de longo prazo”, afirma Luiz Henrique Garcia, CEO da QuiteJá, plataforma de negociação online. “O crédito não é importante apenas para projetos pessoais, mas também para o funcionamento da cadeia econômica como um todo”. 

Se dívidas comprometem o sua saúde financeira, o primeiro passo é fazer um orçamento para prever os desequilíbrios e tomar uma atitude antecipada sobre eles, explica Ricardo Hiraki, sócio-fundador da Plano, consultoria em finanças pessoais. “Projetar receitas e gastos para os próximos 12 ou 24 meses, com tempo para pensar em caminhos para resolver problemas, é o primeiro passo”, diz. 

Prever a vida financeira pode ser mais difícil para autônomos, por exemplo, lembra Ricardo. Nesse caso, o ideal é não contrair dívidas, mas, caso aconteça, é ideal começar desde cedo a procurar renda extra. “Também é possível trocar dívidas, quitando uma com juros mais altos com recursos de uma com taxas menores”, diz Hiraki. 

Renegociar as condições de pagamento é vantajoso não só para você como para o banco, conta Luiz Henrique Garcia. “Além de parcelamentos, é possível avaliar as opções de acordo com sua capacidade de desembolso no momento”, recomenda. 

Tudo isso deve vir acompanhado do consumo consciente, priorizando as despesas. “Ao invés de parcelar a compra de uma TV, por exemplo, pode ser interessante considerar o crédito ao consumidor do seu banco”, pondera o CEO da QuiteJá. Apesar de parecer “sem juros”, é possível conseguir um desconto a vista com a loja e economizar com CDC. 

Uma vez que tudo esteja organizado, o desafio é não voltar para a espiral de dívidas. Para isso, é necessário criar uma disciplina que mude seu estilo de vida, aponta Ricardo Hiraki. “Uma vez que não há nada a pagar, é hora de começar a juntar”, diz. “Primeiro a reserva de emergência, depois em investimentos, que podem ser estudados pouco a pouco”.