Por Geoffrey Smith
Investing.com – Os preços do petróleo enfraqueceram no início das negociações em Nova York na quinta-feira (16), depois que dados mostraram a recuperação do mercado de trabalho desacelerando, lançando novas dúvidas sobre a trajetória da demanda de combustível nos EUA.
Eles permaneceram na ponta mais alta de seu intervalo recente, no entanto.
Às 10h33 (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo dos EUA caíam 1,2%, a US$ 40,71 por barril, enquanto o índice de referência internacional Brent caía 0,8%, a US$ 43,45 por barril.
O mercado mudou de direção ao longo da noite, depois de absorver as notícias da decisão da Opep+ de devolver cerca de 2 milhões de barris por dia ao mercado mundial a partir de agosto (esse aumento real será menor devido ao maior consumo interno na Arábia Saudita e a novos cortes de alguns membros da Opep+ para compensar a superprodução passada).
No entanto, os preços futuros passaram a cair depois que o departamento de trabalho dos EUA disse que os pedidos iniciais de seguro-desemprego caíram apenas 10.000 para 1,3 milhão na semana passada. Os economistas esperavam uma queda de 60.000.
As notícias ofuscaram o anúncio de que as vendas no varejo dos EUA subiram 7,5% em junho, mais do que o ganho esperado de 5%.
Os dados vêm em um cenário de taxas ainda crescentes de novas infecções, hospitalizações e mortes no sul e no oeste dos EUA, regiões que abrigam mais da metade da população do país. Somente Califórnia, Arizona, Flórida e Texas registraram outros 36.000 novos casos na quarta-feira, junto com 450 mortes.
A segunda onda de infecções já levou à reversão de algumas medidas de reabertura econômica em vários estados.
“O estado da economia realmente começa e termina agora com o vírus e como o vírus está sendo contido e controlado, ou não”, disse o Wall Street Journal, citando o presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker, em entrevista.
No entanto, muitos países ao redor do mundo continuam relatando uma recuperação ininterrupta da demanda até o momento. As vendas de combustível no Reino Unido na semana passada ficaram apenas 20% abaixo dos níveis pré-pandêmicos, de acordo com dados divulgados na quinta-feira. Isso é uma melhoria em relação a um declínio de 70% durante o auge da pandemia em abril.