Investimentos a curto ou longo prazo

Investir a curto ou a longo prazo? Veja opções adequadas para cada objetivo

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Por Walter Poladian, CFP® *

Com a taxa de juros no menor patamar histórico (a Selic está a 2,25% ao ano) e com expectativa de cair ainda mais, fazer o dinheiro trabalhar por você ficou mais difícil e exige tomar mais riscos.

Para montar um plano de investimentos, é importante adequar os ativos da carteira aos seus objetivos e perfil de risco. Por exemplo, você precisa do seu dinheiro rapidamente ou pode esperar mais em busca de maiores retornos? Confira os pontos de atenção necessários antes de montar seu portfólio:

Investimento para curto prazo deve ser conservador

A sugestão é alocar em investimentos com baixíssimo risco e possibilidade de resgate rápido, por um motivo bem simples: se você precisa do dinheiro em pouco tempo, não pode correr riscos e depender da volatilidade do mercado.

Para a chamada “reserva de emergência”, algumas plataformas digitais disponibilizam fundos de renda fixa simples (DI), que investem apenas no título Tesouro Selic, isentos de taxa de administração. São alternativas seguras, com resgate no mesmo dia e rentabilidade próxima a 100% do CDI.

Recomenda-se ter, pelo menos, o valor equivalente a seis vezes os seus gastos mensais em aplicações como essa. Além de ser a parcela conservadora do portfólio, este colchão de liquidez é importante para cobrir despesas de curto prazo e para aproveitar oportunidades de investimento que apareçam no caminho. Ou seja, é o seu caixa remunerado.

Após montar sua reserva de emergência, pode-se alongar a carteira com ativos de risco

Com os juros baixos na nossa economia, é interessante diversificar o portfólio com ativos de risco em busca de retornos superiores ao CDI.

Ações, fundos imobiliários e multimercados são alguns exemplos para quem pretende investir a médio e longo prazos. São categorias que exigem maior planejamento e acompanhamento do cenário econômico, pois os fundamentos e as teses de investimento não mudam da noite para o dia e podem levar tempo para acontecer.

Para o longuíssimo prazo, fundos de previdência tem alguns benefícios, como: alíquota de IR de apenas 10% após 10 anos, no regime tributário regressivo; ausência de come-cotas (antecipação de IR), que ocorre em outros fundos; e, em casos de sucessão, não entra em inventário, o que facilita a transmissão do patrimônio aos beneficiários, evitando custos e gasto de tempo.

Independente do prazo, é essencial diversificar e balancear a carteira

O importante é sempre diversificar sua carteira com ativos de renda fixa e variável e balancear os pesos de cada ativo de acordo com o cenário do mercado.

Essa medida não só garante a reserva de emergência e as opções de resgate rápido, como possibilita o aumento do patrimônio com ativos de risco.

É interessante também ter uma parte do seu dinheiro em ativos que servem como proteção para a carteira, como o dólar. A moeda americana tende a se valorizar frente ao real em cenários desfavoráveis. Uma vez que não sabemos quando um evento negativo poderá ocorrer, incluir seguros no portfólio permite ao investidor ter posições maiores em ativos de risco.

Abaixo, uma tabela dos tipos de investimentos adequados para cada prazo:

Como diz o ditado, nunca coloque todos os ovos na mesma cesta. Com investimentos é igual: a diversificação possibilita reduzir riscos e melhorar a eficiência da sua carteira.

*Walter Poladian, CFP® é planejador financeiro e sócio-fundador da Fliper, plataforma de consolidação automática de investimentos.