Azul
Investing.com – O CEO da Azul, John Rodgerson, informou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, que a companhia aérea concluiu a renegociação de dívidas com fornecedores e bancos e agora espera a conclusão de acordo de financiamento com o BNDES.
Às 12h08, as ações da companhia (AZUL4) eram negociadas com queda de 2,18%, a R$ 21,05, indo na contramão dos ganhos do Ibovespa hoje. O principal índice acionário brasileiro avançava 1,04% a 105.191 pontos no momento da escrita.
O total de dívidas da Azul no primeiro trimestre era de R$ 20,02 bilhões, sendo R$ 4,17 bilhões com vencimento neste ano. A maior parte corresponde a dívidas de arrendamento de aeronaves. Assim, as dívidas bancárias somam R$ 1,8 bilhão, dos quais R$ 700 milhões vencem no segundo semestre.
Para o Valor, Rodgerson justificou o problema da dívida alegando que a empresa sofre com a Covid-19 e afastando a ideia de falhas de gestão. Anteriormente, na semana passada, a S&P Global rebaixou o rating de crédito da Azul de CCC+ para CCC- em escala global, e de brBB- para brCCC- nacionalmente.
BNDES
A negociação com o BNDES corresponde a um empréstimo envolvendo também Gol (SA:GOLL4) e Latam de cerca de R$ 6 bilhões em parceria com bancos privados e mercado de capitais por meio da emissão de debêntures e bônus. O custo do empréstimo seria de CDI mais 4%.
Ainda na tentativa de lidar com o problema, a Azul vendeu os 6% de participação que detinha na TAP. A venda foi feita ao governo português por R$ 65 milhões. Além disso, segundo o CEO, a companhia deve subarrendar alguns aviões de sua frota. Ou seja, poderia, assim, gerar receita e postergar a entrega de 59 aviões da Embraer (SA:EMBR3) para conter custos.