Com os fundos imobiliários não foi exceção: março de 2020 foi tenebroso. No mês em que a crise do coronavírus atingiu em cheio os mercados, o Ifix, índice brasileiro que acompanha esses fundos, caiu mais de 33% quando comparado a dezembro passado.
Hoje, com a neblina menor, o Ifix ainda não voltou aos níveis pré-pandemia 一 mas está quase lá, operando acima dos 2700 pontos. E o futuro parece promissor para os fundos que se tornaram queridinhos do investidor pessoas física nos últimos anos.
"O que houve não foi um problema do setor", afirma Mauro Lima, sócio-gestor da RB Asset. "O aumento da vacância, por exemplo, foi de apenas 1%, e a tendência é que continue assim".
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Com a vacância sob controle, bons ativos sendo entregues e valorização dos aluguéis, esses fundos imobiliários devem ter o desempenho renovado no pós-crise. "Entre 2014 e 2018, o cenário para eles foi muito deprimido", conta Lima. "No primeiro trimestre de 2020, esperávamos ver uma retomada mais forte".
Para o especialista, mesmo as lajes corporativas, tão desvalorizadas com a adoção de massa do home office, devem apresentar recuperação. "É provável que haja uma mudança de layout dos escritórios, com mais espaçamento, mas não creio na futurologia do novo normal", diz.
A tendência para shoppings é menos otimista. A retomada para o setor deve vir, mas a partir de uma reinvenção como centros de convivência. "Hoje, o lojista paga em relação a receita, que foi fortemente abalada", lembra Lima.
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Fundos imobiliários logísticos
Quem despontou como segmento estrela dos FIIs foi o logístico. Com a aceleração das compras por e-commerce, eles se tornaram mais necessários do que nunca e têm espaço para crescer ainda mais no futuro, aponta o sócio-gestor da RB Asset.
"Todo o parque logístico do Brasil é menor do que em Chicago, nos EUA, por exemplo", compara Mauro. "A tendência é que esse setor melhore ainda mais, inclusive com a ação de players internacionais".