Engana-se quem pensa que investir sem FGC é algo tão arriscado quanto nas ações. Existem bons investimentos, dentro da renda fixa, que contam com outros tipos de garantias
Atualmente o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) protege o investidor até R$250.000,00 por CPF e conglomerado financeiro. Isso porque todos os bancos depositam mensalmente uma quantia neste fundo privado.
Assim, caso uma das instituições financeiras entre no processo de falência, o FGC serve como um colchão para não prejudicar o capital do investidor.
Há três anos atrás, em tempos de Selic a dois dígitos, fazia sentido estar posicionado em vários ativos com o FGC. Devido aos recentes cortes, alcançando o novo patamar histórico de 2,00% ao ano é necessário garimpar os investimentos.
O que é o CCB?
Um dos ativos que precisa estar no radar neste cenário é o CCB (Cédula de Crédito Bancário) .
Na prática, existe um documento confirmando que o investidor será remunerado na data acordada junto aos juros. Desta forma, uma garantia possível, nesta aplicação, são os imóveis do banco.
Características de um CCB
O título precisa ter especificado de forma clara os seguintes tópicos: O valor mínimo para aporte, vencimento do investimento, taxa de rendimento bem como qual será o indexador utilizado. Além das formas de liquidação, e principalmente, as garantias que o investidor possuirá ao aplicar seu capital.
Uma característica marcante do CCB é que ele é um título que pode ser executado de maneira extrajudicial, com uma dinâmica judicial simplificada, acarretando em agilidade na execução das garantias. Vide artigo 26 da Lei 10.931/2004
É confiável?
Na mesma linha, estes podem ser executados extrajudicialmente. Fazendo com que se torne uma garantia tão efetiva quanto o FGC.
Em segundo lugar, existe a garantia fiduciária. Em outras palavras, é necessário confiar que as operações do banco irão acontecer conforme o esperado.
Muitos bancos fazem captação com os investidores para financiar as operações de expansão. Além disso, também podem emprestar para outras pessoas, e estas por sua vez pagam aos bancos os juros exorbitantes que é tão comum no neste setor no Brasil.
Este spread serve para remunerar o investidor que emprestou os valores e ainda dar lucro ao banco.
Avaliando um CCB
Por isso, neste tipo de aplicação, vale a pena verificar a saúde financeira da instituição emissora do título.
O rating, também serve para avaliar de forma mais prática.
Quanto mais próximo de “AAA” melhor, e quanto mais próximo de D-, pior será o emissor. Vale ressaltar que nem todas as instituições passam por este processo de rating por ser extremamente caro. O ideal é entrar no site do emissor e verificar os balanços disponíveis.
Desta forma, neste cenário, faz-se necessário a diversificação em investimentos que possuem garantias distintas ao FGC a fim de aumentar a rentabilidade.
Bons investimentos e até a próxima!