Por Gabriel Codas, da Investing.com – A alta do dólar e a recuperação dos preços da celulose puxam a valorização das ações da Suzano (SA:SUZB3) e da Klabin (SA:KLBN11) na tarde desta quinta-feira na bolsa paulista. Além disso, a elevação da recomendação das recomendações pela Morgan Stanley (NYSE:MS) contribui para o movimento positivo.
Por volta das 15h16, os papéis tinham ganhos respectivos de 4,29% a R$ 52,77 e de 1,75% a R$ 26,22. O Ibovespa avançava 0,35% a 101.201 pontos.
Agora o banco de investimentos elevou a Suzano de “equalweight” para “overweight” e preço-alvo de R$ 46 para R$ 59. Já para Klabin, o avanço foi de “underweight” para “equalweight” e o preço-alvo de R$ 17,50 para R$ 27,50.
Os analistas avaliam que os preços da celulose devem recuperar até o final do ano 2020, à medida que a melhor atividade econômica e a oferta limitada de celulose apertam o mercado até que novos projetos de celulose sejam lançados no segundo semestre de 2021 e 2022.
Eles apontam que o setor tem riscos, como uma segunda onda de contágio da Covid-19, que pressionaria os preços da celulose. Do lado positivo, os preços podem ser beneficiados por uma recuperação da economia global mais forte que o esperado.
Dólar
O dólar disparava nesta quinta-feira, chegando a superar a marca de 5,67 reais, em meio a pessimismo de investidores sobre a saúde fiscal do Brasil, principalmente depois que o Senado derrubou o veto que impede reajuste salarial de servidores.
Às 15:17, o dólar avançava 0,95%, a 5,6108 reais na venda. Na máxima do dia, a divisa saltou 2,59%, a 5,674 reais. Considerando fechamento, esse seria o maior patamar desde 20 de maio (5,6902 reais).
O BC fez leilão de moeda à vista nesta sessão, colocando 590 milhões de dólares. A autoridade monetária também vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional disponibilizados em operação de rolagem.