Por Gabriel Codas – Investing.com – A quarta-feira de estreia das ações da Lavvi na bolsa paulista e, na parte da manhã, é marcada por uma forte queda. A companhia precificou seu IPO em R$ 9,50 por papel, levantando R$ 1,027 bilhão, de acordo com a Cyrela (SA:CYRE3), acionista da construtora.
Por volta das 10h51, os ativos recuavam 12,32% a R$ 8,33, chegando à mínima de R$ 8,19 com volume negociado em R$ 67,92 milhões. O Ibovespa recuava 0,52% a 101.634 pontos no momento da escrita.
Na oferta primária, em que os recursos vão para o caixa da companhia, foram emitidas 108.112.000 ações. O preço ficou abaixo da faixa indicativa entre R$ 11,00 e R$ 14,50 cada estimado em prospecto preliminar.
A operação também previa distribuição secundária, tendo como potenciais vendedores Cyrela, RH Empreendimentos Imobiliários e o acionista individual e Moshe Horn.
A incorporadora encontrou dificuldade para atrair investidores, levando a Cyrela a garantir 15% do IPO com recursos próprios.
Criada em 2016, a Lavvi é especializada em projetos no segmento médio e alto padrão na capital paulista. No prospecto da oferta, a empresa afirma que detém de mais de 260 mil metros quadrados para construção de 9 empreendimentos na região metropolitana de São Paulo somando cerca de 2,68 bilhões de reais em valor geral de vendas (VGV).
A companhia teve receita líquida de 93,7 milhões de reais no primeiro semestre, queda de 20,8% ante mesma etapa de 2019. Mas o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 9,5%, para 24,7 milhões de reais. A margem Ebitda subiu 7,3 pontos percentuais, para 26,3%.
A Lavvi diz que pretende usar os recursos da oferta primária para comprar terrenos; pagar despesas administrativas, de marketing e de vendas; e para capital de giro.
(Com contribuição de Reuters e Estadão Conteúdo)