Quando uma pessoa física solicita um empréstimo, o banco consulta qual o score do cliente quando o assunto é crédito. Ele é um bom pagador ou ficou devendo alguma vez? O rating de crédito funciona mais ou menos assim: uma nota que mostra se o emissor de uma dívida é capaz de honrar seus compromissos.
Desta forma, o rating pode ser dado para países, no caso de títulos públicos, ou empresas, se estivermos falando de valores mobiliários de companhias, como as debêntures. Assim, o investidor pode avaliar o risco da dívida na qual está aplicando.
Quem dá essa nota são as agências de classificação de risco, que devem ser independentes e imparciais – as maiores são Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch. Cada uma utiliza suas metodologias de análise, mas geralmente, a escala conta com notas de A (as máximas) até D (as piores). Os ratings mais baixos são de grau especulativo, enquanto os mais altos são considerados de grau de investimento.
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Para dar a nota de rating a um emissor, alguns critérios quantitativos e qualitativos são usados na análise das agências. Fluxo de caixa, endividamento e acontecimentos que impactam as companhias, como fusões e aquisições, influenciam a nota.
Qual a importância do rating?
A classificação de risco de um emissor é mais uma ferramenta para investidores avaliarem se vale a pena ou não aplicar naquele ativo. Adquirir um título com rating mais baixo, especulativo, pode fazer sentido para quem é mais agressivo, enquanto optar por investimentos de notas mais altas é recomendado para os mais conservadores.
Para os países, o nível de rating também é importante, porque mostra a confiança de investidores globais na estratégia econômica e política nos governos. Um rebaixamento nas notas, por exemplo, afasta o capital estrangeiro em títulos nacionais. Um aumento no rating, ao contrário, pode melhorar a visão em relação ao país.
Críticas às agências
Frequentemente as agências de rating são alvos de crítica, pois estão expostas a um conflito de interesses. Elas são pagas justamente pelas empresas que avaliam. Assim, elas poderiam avaliar positivamente uma companhia que é sua cliente.
A crise de 2008 foi um momento em que essas discussões se intensificaram. A Standard & Poor’s, por exemplo, pagou mais de US$ 1 bilhão de dólares para o governo norte-americano liquidar os processos relacionados relacionados aos ratings que havia dado para bancos.