Se você quer começar a se expor a bitcoin, por exemplo, mas ainda tem medo da volatilidade, os fundos de criptomoedas podem ser uma opção. O apoio da figura do gestor torna-se ainda mais importante para navegar em um mercado ainda novo — e mais suscetível a variações bruscas.
“Observamos que vários dos movimentos estão atrelados a alguma notícia positiva em termos regulatórios, adoção da tecnologia em certas esferas ou entrada de algum player relevante no mercado”, diz João Marco Cunha, gestor da Hashdex, especializada em fundos de criptomoedas.
A gestora lançou nesta semana o primeiro produto que investe 100% em bitcoin — mas há opções no mercado que dedicam parte dos recursos para a renda fixa, oferecendo mais diversificação e proteção.
Fundo | Rentabilidade absoluta |
BLP Criptoativos Fundo De Investimento Multimercado | 26,52% |
BLP Crypto Assets FIM | -10,04% |
Hashdex Criptoativos Discovery Fundo De Investimento Em Cotas De Fundos De Investimento Multimercado | 12,92% |
Hashdex Criptoativos I Fundo De Investimento Multimercado | 15,02% |
Hashdex Criptoativos Ii Fundo De Investimento Multimercado | 39,09% |
Hashdex Criptoativos Voyager Fundo De Investimento Multimercado Investimento No Exterior | 49,71% |
Hashdex Bitcoin Full 100 Fic Fim | 1,92% |
Vitreo Criptomoedas Fundo De Investimento Em Cotas De Fundo De Investimento Multimercado Inves | 73,97% |
Vitreo Criptomoedas Light Fundo De Investimento Em Cotas De Fundo De Investimento Multimercado | 14,19% |
Voltado para o varejo, o Discovery, por exemplo, tem entrada mínima de R$ 500. A taxa de administração é de 1%, para um portfólio que inclui 18 criptoativos a partir da administração passiva baseada em um índice cripto criado pela própria gestora. “A ideia é dar uma representatividade do criptomercado ao investidor”, conta João Marco Cunha. “2/3 da exposição total é ao bitcoin, mas representa uma aposta mais abrangente no blockchain”.
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A tecnologia é outro ponto de atenção para quem pensa em investir em fundos de criptomoedas: apesar da posse descentralizada dentro do sistema blockchain, a custódia tem um peso maior do que nos ativos tradicionais. “Trabalhar com as melhores tecnologias de armazenamento significa ter segurança dos investimentos do fundo”, adiciona o gestor.
Ainda no tema de segurança, vale lembrar que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) não permite o investimento de fundos diretamente em moedas virtuais, já que os criptoativos ainda não são regulados no país.
O futuro dos fundos de criptomoedas
Com poucos produtos desse tipo no Brasil, o espaço para crescimento é grande, acredita João Marco Cunha. “As pessoas estão começando a perder o preconceito com cripto, à medida que os assessores de investimento levam conhecimento aos investidores”, diz.
Além disso, o maior interesse pelo universo dos investimentos joga a favor dos fundos de criptomoedas, com procura crescente por opções para diversificar a carteira. “Num horizonte de 5 a 10 anos, penso que o mercado pode chegar a 10% do que é o Ibovespa hoje, ou seja, trilhões de reais”, aposta o gestor.