Ouro

Ouro recua para meados de US$ 1.800 enquanto Wall Street retorna ao o risco

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Por Barani Krishnan, da Investing.com – É difícil para os touros do metal dourado ter uma chance real.

O ouro ficou no vermelho novamente na quarta-feira, menos de 24 horas depois de recuperar algumas perdas da queda épica de segunda-feira.

O ouro negociado em Nova York para entrega em dezembro caía US$ 12,30, ou 0,7%, a US$ 1.864,10 a onça.

O benchmark de futuros de ouro dos EUA subiu 1,2% na sessão anterior, encontrando abrigo em pouco menos de US$ 1.880, após o colapso de 4,5% de segunda-feira que o levou a uma baixa de quatro meses, de US$ 1.848.

O ouro à vista, que reflete as negociações em tempo real em ouro, caía US$ 11,47, ou 0,6%, para US$ 1.865,95 às 18h26 (horário de Brasília).

O declínio do ouro veio enquanto Wall Street retornava ao risco na quarta-feira, fazendo com que as ações industriais caíssem e grandes nomes da tecnologia subissem.

A rotação, pela segunda vez em uma semana, veio depois que o mercado percebeu que a descoberta da vacina para Covid-19 da Pfizer relatada na segunda-feira foi provavelmente exagerada em sua mensagem de que haveria doses suficientes disponíveis em curto prazo para que as pessoas voltassem à vida normal – reduzindo assim a necessidade de serviços para ficar em casa, como videoconferência da Zoom e entregas domiciliares da Amazon, o que gerou um boom nas ações de tecnologia.

O dólar também subiu com o realinhamento de risco daquela quarta-feira, trazendo um novo golpe ao ouro.

A intervenção do Fed é provavelmente a única coisa capaz de elevar o ouro no curto prazo, já que o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, e seu governo democrata em transição encontram resistência de republicanos rivais no Senado sobre a questão de qualquer estímulo relacionado à Covid-19 .

O presidente em exercício, Donald Trump, também se recusou a ceder a Biden depois de perder as eleições nos EUA na semana passada, complicando ainda mais os esforços bipartidários de estímulo que ajudaria a elevar os preços do ouro.

“Continuo a pensar que as perspectivas de longo prazo para o ouro são otimistas, (pois) o caminho para a recuperação levará tempo e exigirá mais apoio do banco central e do governo”, disse Craig Erlam, da corretora OANDA. “Mas, dada a reação que vimos às notícias sobre vacinas nos últimos dias, os riscos imediatos para o ouro sem dúvida aumentaram,” disse a TD Securities disse em uma nota.

“A principal área de suporte continua a ser de US$ 1.850 a US$ 1.860 e parece muito vulnerável no curto prazo. Mais boas notícias sobre vacinas nas próximas semanas são uma grande ameaça a esse nível.”

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