Investing.com – Seguindo a divulgação de lucro líquido do terceiro trimestre 65% menor do que no mesmo período do ano anterior, em R$ 421,6 milhões, os papéis da Sabesp (SA:SBSP3) tinham queda na bolsa de valores nesta sexta-feira (13).
A ação caía 0,4% por volta das 16h55, a R$ 44,57. Desde a abertura, a máxima alcançada foi de R$ 45,19 e a mínima, de R$ 43,95, com volume negociado de R$ 147,88 milhões. Na direção oposta, o Ibovespa subia 1,7%, aos 104.293 pontos.
O fraco resultado refletiu, entre outros fatores, redução nas receitas com clientes comerciais e industriais, bem como postergação do reajuste tarifário, isenção de pagamento a determinadas categorias de clientes e volatilidade cambial.
Os resultados vieram um pouco acima do esperado pela XP, ainda que tenham ficado aquém da projeção de consenso da Bloomberg. “Após a aprovação do novo marco de saneamento e as incertezas relacionadas a um eventual processo de privatização da Sabesp, acreditamos que resultados trimestrais não devem ser um grande foco da atenção de investidores para as ações”, diz a corretora.
Segundo a XP, os fatores mais relevantes para a ação daqui para frente são sinalizações do governo sobre uma privatização ou capitalização da empresa; o resultado das eleições municipais; e o terceiro ciclo de revisão tarifária da companhia. A corretora mantém recomendação Neutra, com preço-alvo de R$ 54.
O BTG (SA:BPAC11), por sua vez, avalia os resultados como fracos e aponta uma série de incertezas em torno da ação, como o formato do possível processo de privatização e os riscos de uma segunda onda de Covid-19. No entanto, o banco acredita que as ações estão baratas e mantém recomendação de Compra, com preço-alvo de R$ 44,75.
Balanço da Sabesp
A receita operacional líquida caiu 18%, para R$ 4,4 bilhões, enquanto os custos, despesas administrativas e comerciais e custos de construção aumentaram 20,5%, para R$ 3,5 bilhões.
O resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado somou R$ 1,5 bilhão, queda de 49,7% na comparação ano a ano, com a margem Ebitda ajustada ficando em 34,1%, de 55,6% um ano antes.
O volume faturado de água e esgoto da companhia alcançou 997 milhões de metros cúbicos no terceiro trimestre, alta de 4% frente ao mesmo intervalo de 2019.
O investimento realizado de julho a setembro foi de 1,07 bilhão de reais.
*Com colaboração da Reuters