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Vale: Goldman Sachs recomenda Compra após conversa com a gestão

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Por Ana Julia Mezzadri, da Investing.com – Depois de conversar com Luciano Siani, CFO da Vale, em sua conferência 2020 Global Metals & Mining, o Goldman Sachs reiterou sua recomendação de Compra para a ADR da companhia (NYSE:VALE), negociada em Nova York, com preço-alvo de US$ 14. As informações são de relatório distribuído nesta sexta-feira (20).

No fechamento do pregão, o papel tinha baixa de 0,59%, a US$ 12,69, contra queda de 0,27% do NYSE Composite, índice em que é negociada, que fechou aos 13.825,87. A ação da Vale (SA:VALE3) no Brasil, por sua vez, terminou o dia em alta de 1,06%, a R$ 68,44, na contramão do Ibovespa, que registrou queda de 0,59%, aos 106.042 pontos.

Um dos destaques da conversa, de acordo com o Goldman, foi o guidance de produção de 310mt para 2020, que a Vale ainda espera alcançar, mas que pode ser difícil se a produção em Serra Leste não iniciar nos próximos dias.

Outro ponto levantado é que a empresa espera que as vendas no quarto trimestre estejam em linha com os números de produção, depois de uma grande disparidade no 3T20, devida principalmente a problemas de envio para a China. Em 2021, no entanto, pode ocorrer um crescimento de estoque.

Sobre os preços de minério de ferro, a Vale tem postura otimista e acredita que um aumento na oferta terá impacto controlado sobre o mercado, o que deve manter os preços acima de US$ 100 por tonelada.

Finalmente, o banco destaca que a empresa está comprometida em pagar dividendos extraordinários, independentemente de alcançar seu alvo de US$ 10 bilhões em dívida líquida expandida.

Os principais riscos para a performance da companhia, na visão do Goldman Sachs, são uma queda no preço do minério de ferro, pressão de custos e riscos regulatórios.

Metais básicos

Para o níquel, a Vale acredita que o recente aumento nos preços se deve principalmente a uma demanda mais alta de produtores da indústria pesada, e não a um aumento na demanda de produtores de veículos elétricos. Esta, na visão da companhia, deve vir nos próximos quatro a cinco anos.

Além disso, ainda em relação ao níquel, a Vale acredita que, se os problemas ambientais da produção da Indonésia não forem resolvidos nos próximos anos, pode estar bem posicionada para capturar essa demanda. Em relação ao cobre, a gestão disse ver um bom cronograma de expansão de produção.

Depois da execução bem sucedida dos projetos de níquel, a empresa afirma que opções estratégicas de M&A serão consideradas para as operações de metais básicos, incluindo um possível IPO.

Brumadinho

A Vale se diz “cautelosamente otimista” sobre as negociações de Brumadinho, e reiterou que não precisa alcançar um acordo “único e amplo”, mas pode seguir com acordos individuais. A gestão comentou evolução nas audiências com as autoridades de Minas Gerais, mas afirmou que as notícias recentes sobre um possível valor do acordo não são embasadas.

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