A Confederação Brasileira de Montanhismo e Escalada informou que foram encerradas as buscas pelos brasileiros Fabrício Amaral e Leandro Ianotta, desaparecidos no Monte Fitz Roy, no Parque Nacional Los Glaciares, na Patagônia argentina desde a semana passada.
Em nota, a confederação informa que o mau tempo na região, com neve constante nas montanhas, dificulta as buscas pelo Grupo Voluntário de Resgate de El Chaltén, além de colocar em risco os resgatistas. Um socorrista feriu-se gravemente durante a operação. Os montanhistas brasileiros foram vistos pela última vez há seis dias. Um helicóptero continua de prontidão aguardando a melhora das condições climáticas para sobrevoar a região. No entanto, a previsão de uma pequena janela – termo utilizado para definir o momento em que o tempo ruim cessa e surge um intervalo de três ou quatro dias de tempo bom – somente na sexta-feira (25). O tempo deve melhorar apenas no fim do mês.
“Mr. Bean [Leandro Iannotta] e Amaral, ambos experientes escaladores em paredes longas e vias complexas tanto em terras brasileiras, como fora delas. Tinham não apenas experiência para tentar escalar essa montanha, como também entendiam os riscos envolvidos. A CBME lamenta profundamente o acidente, entende que a dor é grande e deseja força aos familiares para enfrentar esse momento”, diz a nota.
Em seu perfil na rede social Instagram, Ianotta chegou a relatar que a primeira investida no local foi “incrível”, mas que, em razão do vento forte, eles teriam optado por descer e esperar uma “janela” para continuar a caminhada. A dupla foi avistada por último na quinta enfiada da via de escalada Franco-Argentina, no Monte Fitz Roy, em El Chaltén, na sexta-feira (18) por volta das 14h.
À Agência Brasil, o vice-presidente da confederação, Natan Fabrício, contou que os dois brasileiros tinham boa experiência em escalada e que o local onde eles desapareceram não é para iniciantes.