Vale já pagou 107 doações a representantes de atingidos por tragégia

A Vale informou que já foram pagas 107 doações de R$ 100 mil a representantes de mortos e desaparecidos no rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG). De 31 de janeiro e ontem (4), 248 pessoas se registraram como representantes de atingidos pela tragédia.

Segundo a companhia, a partir de amanhã (6) o atendimento será feito em dias úteis das 9h as 18h, na Estação Conhecimento de Brumadinho, no quilômetro 49 da Rodovia MG 040, Área Rural da cidade. A Vale ainda não estipulou prazo para encerramento dos registros.

Representantes de empregados da Vale, de trabalhadores terceirizados e de pessoas da comunidade falecidos ou desaparecidos, conforme lista oficial validada pela Defesa Civil, estão aptos a receber a doação. Quem quiser consultar pode acessar o site vale.com/brumadinho.

Conforme a companhia, apenas um representante poderá receber a doação. Na ordem de preferência, em primeiro estão os responsáveis legais por filhos menores, depois o cônjuge ou companheiro em regime de união estável, em seguida os descendentes e, por último, ascendentes.

“Importante esclarecer que essa doação não é relacionada a qualquer potencial indenização devida, que será discutida em detalhe com as famílias e representantes do poder público”, informou a Vale em nota, acrescentando que ainda vai avaliar casos excepcionais.

Para tirar dúvidas sobre o processo de registro, a empresa disponibilizou os números 0800 031 0831 (Alô Brumadinho), 0800 285 7000 (Alô Ferrovias) e 0800 821 5000 (Ouvidoria da Vale).

Barreira

A terceira membrana de contenção instalada no Rio Paraopeba entrou em operação hoje (5). A instalação do equipamento é para proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas, município localizado a 40 quilômetros (km) de Brumadinho, e garantir o abastecimento contínuo da região. De acordo com a Vale, essa é uma medida preventiva e faz parte do plano apresentado pela companhia ao Ministério Público e aos órgãos ambientais.

A Vale continua fazendo o monitoramento da água e de sedimentos em 46 pontos ao longo do Rio Paraopeba até a foz do Rio São Francisco. Segundo a empresa, as coletas diárias são enviadas para análise química. Além disso, a cada hora é realizada uma análise de turbidez, em outros quatro pontos. “O rejeito que vazou da barragem 1 está concentrado no córrego Feijão e Carvão e na sua confluência com o Paraopeba”, informou a Vale.

A barreira de contenção, com 50 metros de comprimento e profundidade que varia de dois a três metros, funciona como um tecido filtrante, evitando a dispersão das partículas sólidas, como argila, silte e matéria orgânica, que provocam a turbidez da água e alteram sua transparência.