Bolsa bate recorde de investidores em ações com 858 mil cadastrados

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A B3 registrou neste início de ano recorde de cadastros de investidores pessoas físicas em ações, com 858 mil cadastrados, informou o diretor da bolsa, Felipe Paiva. No começo do ano passado, esse número estava perto de 700 mil e, em dezembro, em 813 mil.

Também o número de investidores em Tesouro Direto cresceu, e está próximo do de ações, o que significaria cerca de 1,7 milhão de investidores. “Os investidores em Tesouro Direto chegaram a passar os em ações, mas agora os em ações empataram novamente”, disse Paiva.

A explicação para esse crescimento do interesse das pessoas físicas está na valorização das ações, que este ano fazendo o índice Bovespa bater recordes atrás de recordes. “Eu esperava que o Ibovespa ia superar os 100 mil pontos hoje, mas como começou a chover em São Paulo e há uma correlação do mercado com o clima, acho que não vai ser hoje”, brincou, ao abrir o seminário sobre fundos com cotas negociadas em bolsa (ETF). Segundo Paiva, a queda dos juros e a melhora do cenário económico incentivam a diversficacao e a busca por ações e justificam o otimismo com a bolsa.

Segundo Paiva, a expectativa é que a maior procura por diversificação incentive o crescimento do mercado de ETF também. Hoje, há  16 ETFs no Brasil, sendo 13 em ações e índices locais. É a chegada do ETF de renda fixa do Tesouro Nacional que dar mais impulso ao mercado, acredita Paiva. O banco escolhido para montar o ETF do Tesouro, o Itau Unibanco, pretende lançar o fundo ainda neste primeiro semestre. “Os ETFs de renda fixa devem ser o grande impulsionador do mercado desse tipo de fundo no Brasil, para popularizar a aplicação”, diz Jorge Marino Ricca, gestor de renda variável da BB DTVM.

Os ETFs são alternativa para facilitar a diversificação de maneira mais eficiente, diz Mauro Oliveira, do Credit Suisse, formador de mercado desses fundos. Ele da o exemplo do investidor que quer investir em Small caps, ou pequenas empresas, que pode comprar um ETF atrelado ao Índice de Small Caps, em vez de correr o risco de uma só ação. O mesmo vale para ações de dividendos ou o Índice Bovespa.  Os ETF podem ainda ser usados com mercados futuros, no caso do Ibovespa, também para pequenos investidores por meio de minicontratos.

Os ETFs permitem também uma diversificação maior, com menor aplicação inicial, afirma Rodrigo Araújo, da gestora americana BlackRock é uma das maiores gestoras de ETF do mundo. Segundo ele, os ETFs permitem que o investidor brasileiro tenha diferentes tipos de ações e índices locais e também internacionais, com ETFs de  índices de ações internacionais, como o Standard & Poor’s 500, de Nova York. “O investidor pode diversificar seu risco aplicando em um ETF dos EUA no mercado local, com muito mais facilidade”, lembra.

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