Azul lucra menos; Embraer e Braskem têm prejuízos; Oi agora é de estrangeiros

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A companhia aérea Azul, a petroquímica Braskem e a fabricante de aviões Embraer anunciaram seus resultados do quarto trimestre.

A Azul anunciou um lucro líquido de R$ 138,2 milhões no quarto trimestre do ano passado, comparado com R$ 297,4 milhões no mesmo trimestre de 2017. A queda ocorreu pelo ganho extraordinário de R$ 154,4 milhões registrado no fim de 2017, relacionado ao vencimento da opção de compra de um título conversível da TAP. No ano fechado de 2018, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 703,6 milhões, comparado com R$ 516,3 milhões no ano anterior.

A empresa anunciou recentemente a compra de ativos da Avianca, em recuperação judicial, por cerca de R$ 400 milhões, indicando tendência de crescimento no mercado.

O resultado operacional da Azul foi de R$ 282,9 milhões no quarto trimestre, com margem de 11,4%, mesmo com a desvalorização de 17,3% do real e do aumento de 37,2% no preço do combustível por litro. Em 2018 a margem operacional foi de 8,8% excluindo items não recorrentes. A empresa teve um crescimento de 14,5% do lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização e gastos com aluguéis (Ebitdar), já que as companhias aéreas costumar trabalhar apenas com aviões alugados. O valor atingiu R$ 762,7 milhões, com margem de 30,7% no quarto trimestre, “tornando a Azul uma das empresas aéreas mais rentáveis nas Américas”, diz a empresa. No ano, o Ebitdar ajustado aumentou 13,5%, totalizando R$ 2,6 bilhões.

A demanda de passageiros (RPK) aumentou 14,5% ante um aumento de capacidade de 14,1%, resultando em uma taxa de ocupação de 83,0%, 0,3 pontos percentuais a mais do que no 4T17.

Embraer tem prejuízo de R$ 29 milhões

No quarto trimestre, a fabricante brasileira de aviões Embraer apresentou prejuízo líquido de R$ 78,1 milhões e prejuízo por ação de R$ 0,10. O prejuízo líquido ajustado (excluindo-se impostos diferidos e itens especiais) foi de R$ 29,4 milhões e o prejuízo por ação ajustado ficou em R$ 0,04. No mesmo trimestre do ano anterior, a empresa havia apresentado um lucro líquido ajustado de R$ 239 milhões. No ano, o prejuízo líquido ajustado foi de R$ 224,3 milhões e o prejuízo por ação em R$ 0,31, ante um lucro de R$ 995 milhões em 2017.

No quarto trimestre, a Embraer apresentou uma geração livre de caixa de R$ 1.628,5 milhões, que no ano resultou em um uso livre de caixa ajustado de R$ 249,1 milhões, ligeiramente melhor que as estimativas revisadas. A Embraer encerrou 2018 com caixa de R$ 12,429 bilhões e dívida de R$ 14,134 bilhões, resultando em uma dívida líquida de R$ 1,704,9 bilhões, comparada à dívida líquida de R$ 3,525 bilhões ao final do 3T18.

Braskem tem prejuízo de R$ 78 milhões

A petroquímica Braskem teve um prejuízo líquido R$ 78 milhões no quarto trimestre versus um lucro de R$ 386 milhões em 2017, uma queda de 83%, impactada principalmente pela redução de margens operacionais que foram pressionados pelos custos mais altos com nafta e demais matérias-primas, queda nas vendas no mercado doméstico e restrição de insumos no México e na Europa. A empresa teve lucro líquido de R$ 2,87 bilhões em 2018, uma queda de 30% frente a 2017. A receita líquida avançou 18%, para R$ 58 bilhões, e o Ebitda recuou 8%, para R$ 11,3 bilhões. Custos mais elevados com nafta, queda nas vendas de resinas e restrição de matéria-prima no México e na Europa pressionaram os resultados.

Quatro fundos estrangeiros compram controle da Oi

Quatro fundos de investimento que detinham papéis de dívida da Oi tornaram-se os maiores acionistas da operadora, com quase 45% das ações em circulação da empresa que já foi cogitada para ser a “supertele” brasileira. Como resultado direto da conversão de dívida em ações concluída em julho do ano passado, negociada no processo de recuperação judicial da companhia, o GoldenTree ficou com 16,29% dos papéis em circulação da Oi; York Global Finance Fund, com 11,52%; Brookfield, 8,81% e Solus, 7,80%. A composição acionária consta de formulário apresentado em fevereiro à Securities and Exchange Commission (SEC) e reflete também o aumento de capital no valor de R$ 4 bilhões finalizado em janeiro.

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