Ibovespa ultrapassa os 100 mil, mas fecha em 99.993 pontos

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Finalmente, o Índice Bovespa ultrapassou os 100 mil pontos pela primeira vez na história durante o pregão de hoje. O principal indicador do mercado acionário brasileiro chegou na máxima do dia a 100.037 pontos, superando a marca psicológica e registrando um novo recorde intraday. Mas, no fechamento, o índice recuou e fechou um pouco abaixo dos 100 mil, com 99.993 pontos, com alta de 0,86%. Mesmo assim, o número é novo recorde, superando os 99.136 pontos de sexta-feira.

Apesar da alta, o índice ainda está abaixo do nível real atingido antes da crise mundial de 2008, e que corresponderia hoje a cerca de 130 mil pontos, considerando a inflação do período. Por isso, analistas acreditam que o índice ainda pode subir mais este ano, para 110 mil pontos ou mais.

Hoje também foi dia de vencimento do mercado de opções sobre ações, o que ajudou a melhorar o humor do mercado. O vencimento movimentou R$ 13,260 bilhões, que se somaram aos R$ 14,6 bilhões do mercado à vista, totalizando R$ 27,860 bilhões.

O índice abriu em alta e manteve a trajetória positiva ao longo de todo o pregão, testando em dois movimentos os 100 mil pontos, segundo o BB Investimentos. A primeira vez às 14h44, com 100.027 pontos, e a segunda às 14h50, com 100.037 pontos, a nova máxima histórica de pontuação.

Depois, o mercado arrefeceu um pouco, mas, seguiu beneficiado também pela calma no mercado externo. As bolsas na Europa e nos EUA fecharam em alta discreta. O Financial Times, de Londres, se valorizou 0,98%, o CAC, de Paris, 0,14% e só o DAX, de Frankfurt destoou com uma queda de -0,25%. O Ibex, de Madri, subiu 0,72%, o MIB, de Milão, 0,90%. No mercado americano, o Dow Jones fechou com +0,25%, o Standard & Poor’s 500, de 0,37% e oNasdaq com +0,34%.

Petrobras subiu e ajudou a levantar o índice, com ganho de 1,73% no papel PN e de 2,02% no ON, enquanto a ação ON da Vale encerrou em baixa de 0,18%.

As maiores altas do índice foram de BRF ON, 4,82%, seguida de JBS ON, 4,71%, Gol PN, 4,57% e CVC Brasil ON, 4,44%. As maiores quedas do índice foram de BR Malls ON, -1,21%, Ecorodovias ON, 1,09%, RaiaDrogasil ON, 1,08% e Ultrapar ON, 0,95%. Somente 21 das 65 ações do índice fecharam em baixa hoje.

Já os estrangeiros continuaram trazendo dinheiro para a bolsa brasileira. No dia 14 de março, houve entrada líquida de capital estrangeiro de R$ 192,126 milhões, o que aumentou o saldo positivo do mês para R$ 497,607 milhões em março. O saldo negativo acumulado no ano cedeu a R$ 597,225 milhões, segundo o BB Investimentos.

Já o dólar encerrou em queda frente ao real, com o melhor humor interno, acompanhando a alta das ações. O dólar comercial encerrou cotado a R$ 3,7910, em baixa, de -0,76%, acumulando variações de  +1,01% no mês, -2,17% no ano e +15,69% em 12 meses.

Os juros também recuaram após os sinais de economia mais fraca neste ano vindos do IBC-Br, indicador de atividade do Banco Central divulgado hoje, e das projeções do Boletim Focus , que reviu para baixo os juros básicos para o ano que vem.

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