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Itaú vê economia crescendo só 1,3% este ano e juro em 5,5% em 2020

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O Itaú reduziu as projeções de crescimento da economia brasileira em 2019 de 2,0% para 1,3% e em 2020 de 2,7% para 2,5%, incorporando dados mais fracos e sinais de desaceleração da atividade no curto prazo.

O banco também piorou as estimativas para as contas públicas, de um déficit primário (despesas e receitas, sem considerar os juros da dívida) de 1,4% do PIB para 1,5% do PIB em 2019 e de 0,9% do PIB para 1,0% do PIB em 2020. O cenário é estritamente dependente da aprovação da reforma da Previdência, alerta o maior banco privado do país.

O banco manteve a projeção de taxa de câmbio em R$ 3,80 no fim de 2019 e R$ 3,90 em 2020. O banco estima inflação sob controle, com o IPCA usado pelo Banco Central em suas metas em 3,6% no fim de 2019 e 2020.

Também estritamente condicionada à aprovação da reforma, o Itaú passou a projetar queda da taxa Selic para 5,75% em 2019 e 5,5% em 2020, como resposta ao ritmo lento de recuperação da atividade.

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Bradesco espera 1,9%

Já o Bradesco também cortou hoje sua projeção para o crescimento do PIB brasileiro neste ano para 1,9%, comparado a 2,4% da projeção anterior.

Segundo o Departamento Econômico do Bradesco, neste início de ano, o ritmo de retomada da economia brasileira tem sido inferior ao esperado. Houve uma ampliação do intervalo das estimativas de crescimento do mercado em função da piora dos indicadores correntes. E os dados divulgados nas últimas semanas confirmaram esse ambiente de recuperação gradual. “Nossas pesquisas sugerem uma fraca transição para o segundo trimestre”, diz o banco. “Esses resultados comprometem a expectativa para o ano, nos levando a revisar a expansão para 1,9%, que ainda pressupõe forte aceleração nos trimestres à frente.”

Na inflação, a concentração de choques (principalmente de oferta) pressiona o IPCA no curto prazo, mas a ociosidade da economia deve limitar o contágio dos núcleos dos índices, que excluem os itens mais instáveis, e que seguem em patamar confortável, avalia o banco.
Assim, com o ambiente atual, o mais provável é que a taxa de juros permaneça em 6,5% até o final do ano, avalia o Bradesco, apesar de não descartar a possibilidade de novos cortes, caso a
lenta retomada da economia se confirme em um ambiente com preços de ativos comportados, caso do dólar, e com uma adequada tramitação da reforma da Previdência. Mesmo que ainda não tenha sido concluída a aprovação da reforma – e inflação e expectativas estejam compatíveis – haveria espaço para esse cenário de corte.

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