O mês turbulento nas relações entre o presidente Jair Bolsonaro e o Legislativo não foi suficiente para abalar a confiança de agentes de mercado na aprovação de uma reforma da Previdência em 2019, mostra pesquisa feita pelo corretora XP Investimentos. Assim como no levantamento anterior, o setor vê probabilidade de 80% de que alterações constitucionais no sistema de aposentadorias sejam aprovadas ainda este ano.
Apesar disso, a popularidade do presidente junto ao mercado despencou em cinco meses, com os que acham seu governo bom ou ótimo passando de 86% para apenas 14%.
A expectativa com o tamanho final da economia provocada pela reforma a ser promulgada pelo Congresso também segue inalterada: R$ 700 bilhões em 10 anos.
Em relação ao calendário, 85% esperam a votação no plenário da Câmara em agosto ou setembro.
Quer investir mas não sabe por onde começar? Abra uma conta na Órama e faça o seu dinheiro render!
Ibovespa a 120 mil ou 75 mil
No caso de a reforma enviada pelo Executivo ser aprovada integralmente, os agentes consultados estimam que o dólar cairia para R$ 3,60 e a bolsa subiria, com o Índice Bovespa atingindo 120 mil pontos.
Já sem reforma, a expectativa é de câmbio a R$ 4,50 e bolsa a 75 mil pontos.Um cenário intermediário (reforma de R$ 620 bilhões em 10 anos) levaria bolsa a 100 mil pontos e câmbio a R$ 3,90, níveis próximos aos atuais.
Segundo a XP, foram ouvidos 79 investidores institucionais entre os dias 22 e 24 de maio. O público é formado por analistas, economistas, consultores de bancos e gestoras de recursos.
Confiança do mercado cai de 86% para 14%
Se a confiança na aprovação da reforma permanece, a aprovação do governo Bolsonaro continua em trajetória de baixa. Entre o público ouvido, 14% consideram a gestão ótima ou boa (eram 28% em abril e 86% em janeiro) e 43% a veem como ruim ou péssima (antes 14% na última enquete e 1% em janeiro). Os que acham o governo regular passaram de 48% para 43%, mas em janeiro eram apenas 13%.
Na contramão, a avaliação dos entrevistados sobre o Congresso melhorou: 32% o veem como ótimo ou bom (eram 15% na pesquisa anterior) e 25%, como ruim ou péssimo (eram 40% antes).
Já 71% dos entrevistados acham que a relação de Bolsonaro com o Congresso vai ficar como está, 16% acham que vai piorar e apenas 13% que vai melhorar.
O post Pesquisa mostra confiança dos investidores em Bolsonaro caindo de 86% em janeiro para 14% agora apareceu primeiro em Arena do Pavini.