O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas, subiu 0,40% em maio, percentual inferior ao apurado no mês anterior, quando a taxa havia sido de 0,90%. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,75% no ano e de 6,93% em 12 meses. Em maio de 2018, o índice havia subido 1,64% e acumulava elevação de 5,20% em 12 meses.
O IGP-DI é formado por três outros índices, de atacado (IPA, com 60% de peso), varejo (IPC, com 30%) e construção civil (INCC, com 10%).
IPA mostra alta menor no atacado
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,52% em maio. Em abril, a taxa foi de 1,09%. A queda é importante, pois sinaliza menor pressão para os preços no varejo nos próximos meses. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,22% em maio, ante 0,63% no mês anterior. E o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) ficou praticamente estável, com alta de 0,03% em maio, ante 0,38% no mês anterior.
Preços agrícolas acentuam deflação
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) variou 0,52% em maio. Em abril, a taxa foi de 1,09%. No ano, o IPA acumula alta de 4,64% e, em 12 meses, de 8,16%. Os preços agropecuários acentuaram a deflação neste mês, com queda de 2,28%, ante queda de 0,41% em abril. Já os preços industriais subiram menos, 1,46%, para 1,60% em abril.
Na análise por estágios de processamento das empresas, a taxa do grupo Bens Finais caiu 0,65% em maio após registrar alta de 1,21% em abril. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 0,50% para -12,44%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,44% em maio, após registrar alta de 0,83% em abril.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 0,89% em abril para 0,93% em maio. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cuja taxa passou de 2,50% para 3,49%. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,47% em maio, ante 0,60% no mês anterior.
Matérias-primas em alta com cana e minério de ferro
O estágio das Matérias-Primas Brutas subiu 1,45% em maio. Em abril, a taxa havia subido 1,19%. Contribuíram para o avanço da taxa do grupo os seguintes itens: cana-de-açúcar (1,02% para 4,15%), minério de ferro (7,06% para 8,05%) e soja (em grão) (-1,88% para -0,71%). Em sentido oposto, vale citar laranja (-7,27% para -22,08%), aves (5,79% para 1,08%) e bovinos (1,26% para -0,77%).
IPC sobe menos com recuo na maioria dos itens
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,22% em maio, ante 0,63% no mês anterior. Sete das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação.
A principal contribuição para a redução da taxa do IPC partiu do grupo Alimentação (0,63% para -0,37%). Nesta classe de despesa, vale mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de 8,15% para -4,68%.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Transportes (0,99% para 0,49%), Vestuário (0,89% para 0,27%), Educação, Leitura e Recreação (0,50% para 0,10%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,84% para 0,62%), Despesas Diversas (0,61% para 0,23%) e Comunicação (0,07% para -0,23%).
Nestas classes de despesa, as principais influências observadas partiram dos seguintes itens: tarifa de ônibus urbano (1,72% para 0,05%), roupas (0,87% para 0,37%), passagem aérea (-1,14% para -5,19%), artigos de higiene e cuidado pessoal (0,76% para -0,29%), bilhete lotérico (31,63% para 11,44%) e pacotes de telefonia fixa e internet (0,12% para -1,05%).
Em contrapartida, apenas o grupo Habitação (0,37% para 0,54%) apresentou acréscimo em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, o maior avanço foi observado na taxa do seguinte item tarifa de eletricidade residencial (0,49% para 1,99%).
Núcleo do IPC desacelera de 0,41% para 0,27%
O núcleo do IPC registrou taxa de 0,27% em maio, ante 0,41% no mês anterior. Dos 85 itens componentes do IPC, 45 foram excluídos do cálculo do núcleo. Destes, 34 apresentaram taxas abaixo de 0,00%, linha de corte inferior, e 11 registraram variações acima de 0,61%, linha de corte superior. Em maio, o índice de difusão, que mede a proporção de itens com taxa de variação positiva, foi de 49,11%, ficando 16,87 pontos percentuais abaixo do registrado em abril, quando o índice foi de 65,98%.
Construção Civil fica praticamente estável
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,03% em maio, ante 0,38% no mês anterior. O índice é usado na correção de contratos de compra de imóveis na planta. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (0,63% para 0,05%), Serviços (0,42% para 0,12%) e Mão de Obra (0,20% para 0,01%).
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