O Índice Bovespa fechou em queda hoje, de 1,21%, aos 103.452 pontos, com forte baixa dos preços das ações de bancos após os ganhos de ontem. Na semana, o índice acumulou queda de 0,44%, reduzindo o ganho no mês para 2,46% e, no ano, para 17,71%. Em 12 meses, o principal indicador do mercado brasileiro de ações sobe 33,51%. Indefinição do cenário externo e o adiamento da liberação do FGTS para estimular a economia para a semana que vem pesaram no mercado no fim da semana.
O dólar comercial fechou em alta, de 0,43%, vendido a R$ 3,745. Os juros futuros ficaram estáveis nos prazos mais curtos e subiram nos mais longos, com o contrato para janeiro de 2025 projetando 6,94%, 0,01 ponto percentual acima da taxa de ontem.
De olho no juro nos EUA
Hoje, o mercado repercutiu as idas e vindas das autoridades monetárias americanas sobre o ritmo de corte nos juros nos EUA. Em nota oficial, o Federal Reserve (Fed, banco central americano) amenizou as declarações de John Willians, de Nova York, que reforçou a expectativa de um corte mais forte, de 0,50 ponto percentual, dos juros na reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) no fim deste mês. Willians disse que, em cenário com baixa expectativa de inflação, juros baixos e atividade desacelerando, é preciso ser agressivo: os bancos centrais devem agir rápido.
Em nota, o Fed afirmou que as declarações de Willians foram apenas “acadêmicas”. Hoje, outro diretor, James Bullard, do Fed de Saint Louis, afirmou que apoiaria um corte de 0,25 ponto percentual na reunião do fim deste mês, um percentual mais modesto que o estimado ontem pelos mercados. Já Eric Rosengreen, diretor do Fed de Boston, afirmou que não vê motivo para cortar os juros para estimular a economia, o que também ajudou a derrubar as bolsas americanas. O Dow Jones caiu 0,25%, o Standard & Poor’s 500, 0,62%, e o Nasdaq, 0,74%.
O mercado acompanha também os resultados das empresas americanas. Depois de resultados ruins da Netflix, os investidores se animaram com os ganhos maiores da Microsoft. A expectativa de empresas de consultoria é de crescimento de 1% nos lucros no segundo trimestre.
Além disso, no fim do dia, aumentou a preocupação com o Oriente Médio, após forças iranianas tomarem o controle de dois petroleiro britânicos no Estreito de Ormuz, o que pode elevar a tensão na região. Nos EUA, o barril do petróleo subiu 0,8%.
Bancos perdem e só 10 papéis sobem no índice
Entre os destaques do dia, as ações do Itaú Unibanco PN, papel de maior peso no índice, perderam 2,60%, enquanto as do Bradesco recuaram 2,26%. As ações ordinárias (com voto) do Banco do Brasil caíram 1,25%. Já os papéis PN da Petrobras caíram 0,25% e os ON, 0,03%. Vale ON subiu, 0,25%.
As maiores altas do índice no dia foram de BRF ON, 1,49%, Natura ON, 1,03%, JBS ON, 0,42% e Embraer ON, 0,36%. Apenas 10 dos 66 papéis do índice fecharam em alta.
As maiores quedas do índice foram de MRV ON, com 4,28%, Suzano ON, 4,06%, Magazine Luíza ON, 3,62%, e Via Varejo ON, 3,12%.
Kroton subiu 10% na semana e Smiles perdeu 9,51%
Na semana, as maiores altas foram de Kroton ON, com 10,04%, seguida das ON de Via Varejo, com 9,66%. Estácio Participações ON subiu 4,73% e Rumo ON, 4,14%.
As maiores quedas do Ibovespa na semana foram de Smiles ON, 9,51%, CVC Brasil ON, 8,55%, Cielo ON, 7,61% e B2W ON, 5,91%. IRB Brasil recuou 5,77%, após a BB Seguridade ter vendido sua participação na empresa.
Já Marfrig ON caiu 5,01% na semana, em meio à notícia de que fracassou a tentativa de fusão com a BRF.
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