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Preços do petróleo caem com renovação da disputa comercial entre EUA-China

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Os preços do petróleo foram negociados em baixa nesta segunda-feira, uma vez que a escalada da disputa comercial sino-americana superou as tensões no Golfo Pérsico.

Os futuros do petróleo West Texas Intermediate negociados em Nova York caíam 33 centavos, ou 065%, para US$ 55,27 o barril às 12h33, enquanto os futuros do petróleo Brent, a referência para os preços do petróleo fora dos EUA, caíam US$ 1,28, ou 2,08%, para US$ 60,61.

Pequim desferiu um golpe duplo no atual conflito comercial com Washington, permitindo que o yuan despencasse ao nível mais fraco em uma década em relação ao dólar e, segundo relatos, ordenando que as empresas estatais suspendessem as importações de produtos agrícolas norte-americanos.

As medidas de retaliação foram tomadas na esteira da ameaça do presidente Donald Trump, na quinta-feira de implementar tarifas de 10% sobre outros US$ 300 bilhões em produtos chineses a partir de 1º de setembro, caso as negociações não progridam.

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“Agora, enquanto a guerra do comércio esquenta novamente, crescem as preocupações sobre o que poderia fazer com a demanda por petróleo”, disse Barani Krishnan, analista sênior de commodities do Investing.com.

A atual disputa comercial entre os dois maiores consumidores mundiais de petróleo contribuiu para a desaceleração global, que tende a reduzir a demanda por commodities, como o petróleo.

Mohamed El-Erian, economista-chefe da Allianz (DE:ALVG), disse que as ações de Pequim “confirmam que a escalada das tensões comerciais é o resultado mais provável no momento”.

Preocupações com o crescente impacto econômico superaram outras considerações dos touros, como o fato de o Irã ter capturado outro petroleiro no Golfo Pérsico, acusando o navio de contrabandear combustível para alguns países árabes.

É a terceira apreensão de petroleiros no Estreito de Ormuz, aumentando as preocupações de que o conflito poderia interromper o fornecimento de um dos principais pontos de embarque do petróleo global.

Os últimos dados da contagem semanal de sondas da Baker Hughes, um indicador antecipado da produção futura nos EUA, mostraram ainda outro declínio semanal, reduzindo o número total de plataformas ativas para 770, seu nível mais baixo desde fevereiro de 2018.

Essa é a sequência mais longa de declínios para a série desde março, quando os perfuradores cortaram plataformas por seis semanas consecutivas.

A contagem de sondas tem diminuído ao longo dos últimos oito meses, à medida que as empresas independentes de exploração e produção reduzem os gastos com novas sondagens, uma vez que se concentram mais no crescimento dos lucros do que no aumento da produção.

Em outros negócios de energia, os futuros de gasolina caíam 1,3%, para US$ 1,7585 por galão, às 7h55, enquanto o óleo de aquecimento perdia 1,2%, para US$ 1,8794 por galão.

Por fim, os futuros de gás natural foram negociados em queda de 3,1%, para US$ 2,056 por milhão de unidades térmicas britânicas.

Com Reuters