China

BC chinês rebate acusações de manipulação cambial e bolsas se recuperam

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O Banco do Povo da China rebateu hoje as acusações de autoridades americanas de que estaria manipulando o câmbio para combater as medidas protecionistas anunciadas pelo governo de Donald Trump. Hoje, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos divulgou nota acusando a China de ser “manipuladora cambial” por deixar o yuan se desvalorizar, de 6,98 por dólar para mais de 7 yuans por dólar, e que poderá recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para pedir punições ao governo chinês. O BC chinês, por sua vez, divulgou nota afirmando que as acusações de Washington podem trazer danos severos para a ordem financeira internacional e causar o caos nos mercados financeiros.

A decisão americana também pode interromper uma recuperação do comércio e da economia global, diz o BC chinês em nota oficial. O banco ainda diz que nunca usou e nunca usará a taxa de câmbio como instrumento para lidar com disputas comerciais. E que a China “avisou os Estados Unidos para ‘segurar seus cavalos’ diante do precipício, reconhecer seus erros e voltar para o caminho correto”.

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Em outro round da disputa comercial, o Departamento do Comércio da China anunciou ontem que as empresas estatais estavam interrompendo as compras de produtos agrícolas americanos em retaliação pela decisão do governo americano de tributar mais US$ 300 bilhões em importações de produtos chineses em 10% a partir de setembro.

Apesar das tensões, os mercados acionários estão se recuperando hoje, com exceção das bolsas asiáticas. O Índice Nikkei caiu 0,65% e o Índice da Bolsa de Xangai perdeu 1,56%. Já na Europa, as bolsas estão em alta, com o Índice Euro Stoxx 600 subindo 0,52%, com o DAX, da Alemanha, em alta de 0,53%, o CAC, de Paris, 0,87% e o Financial Times, de Londres, 0,09%. Nos mercados futuros, o Índice Dow Jones sobe 0,91%, o Standard & Poor’s 500, 0,88% e o Nasdaq, 1,04%.

No Brasil, o Índice Bovespa futuro para agosto está em alta, de 0,9%, indicando recuperação. No mercado de juros, as taxas estão em baixa, com o contrato para janeiro de 2020 projetando 5,53% ao ano, 0,03 ponto percentual menos que no dia anterior. Para 2024, a taxa cai 0,05 ponto, para 6,79% ao ano.

No mercado de dólar, a moeda está em pequena queda, de 0,09%, para R$ 3,95 para venda no mercado comercial.

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