Investing.com – Confira as cinco principais notícias desta segunda-feira, 26 de agosto, sobre os mercados financeiros:
1. Futuros dos EUA saltam enquanto Trump sinaliza mais conversas sobre comércio
Os futuros da Dow subiram três dígitos na segunda-feira, enquanto as ações europeias frearam as perdas (a bolsa de valores de Londres está fechada em razão um feriado) depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a China está pronta para voltar à mesa de negociações.
Trump disse a repórteres na cúpula do G-7 na França que os dois países haviam conversado durante a noite por telefone e planejavam voltar a negociações comerciais sérias.
Embora o Ministério das Relações Exteriores da China tenha dito que não sabia das ligações telefônicas no fim de semana, o principal negociador de Pequim, o vice-primeiro-ministro Liu He, disse que se opunha firmemente a uma nova escalada e desejava resolver os problemas por meio de “consulta e cooperação com uma atitude calma”.
A China e Trump anunciaram novas medidas tarifárias na sexta-feira e a Casa Branca confirmou domingo que o presidente gostaria de ter aumentado as tarifas ainda mais.
Trump esclareceu no fim de semana que não planeja ordenar que as empresas norte-americanas deixem a China depois de twittar na sexta-feira que deveriam procurar “uma alternativa”.
Os mercados estarão à procura de mais comentários em uma coletiva de imprensa conjunta com Trump e o presidente da França, Emmanuel Macron, marcada para o final da cúpula do G-7 às 10h30 (no horário de Brasília).
2. O rendimento do Tesouro a 10 anos cai para o menor valor desde 2016, uma vez que a curva de 2/10 anos permanece invertida
A demanda por refúgio seguro fez com que os rendimentos dos bônus dos EUA caíssem, à medida que os investidores buscavam proteção na ausência de confirmação chinesa das alegações de Trump.
O rendimento do Tesouro dos 10 anos dos EUA caiu para 1,45%, seu nível mais baixo desde julho de 2016, enquanto os olhos permaneceram no spread com nota de 2 anos cujo rendimento permaneceu acima dos 10 anos.
A inversão da curva de juros entre os títulos de 2 anos/10 anos é amplamente observada como um sinal potencial da recessão que se aproxima.
3. Negociações comerciais entre EUA e Japão reduzem as tensões
Trump e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciaram no domingo que concordaram em princípio com um acordo comercial que reduziria as tarifas japonesas sobre carne bovina, suína e outros produtos agrícolas, ao mesmo tempo em que adia temporariamente a ameaça adicional de tarifas norte-americanas para automóveis japoneses.
Trump também disse que o Japão compraria grandes quantidades de trigo e milho dos EUA.
O chefe do Gabinete do Japão, Yoshihide Suga, negou que seu país tenha feito concessões demais e disse que o acordo amplo é “muito valioso”.
Abe disse que ainda resta mais trabalho para fechar o acordo, mas expressou otimismo de que poderia ser concluído até a Assembleia Geral das Nações Unidas no próximo mês.
4. Espera-se que os pedidos de bens duráveis dos EUA desaceleram
Na frente de dados dos EUA, os investidores estarão de olho nos pedidos de bens duráveis de julho às 9h30 para obter informações sobre a atividade de fabricação e os gastos de capital dos EUA.
As encomendas de bens de capital não relacionados à defesa, excluindo aeronaves e peças, um indicador comumente usado como prévia para os gastos das empresas, devem ter caído 0,1%, já que as tensões atuais da disputa comercial sino-americana pesaram.
Os dados de julho provavelmente ofuscarão os números revisados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA para o segundo trimestre, que devem ser divulgados na quinta-feira.
5. Confiança dos empresários alemães atinge o menor nível em sete anos
A confiança dos empresários alemães caiu mais do que o esperado para atingir seu nível mais baixo desde novembro de 2012.
Analistas disseram que os dados são mais um sinal de danos à maior economia da zona do euro, devido à escalada dos conflitos comerciais.
Os exportadores alemães enfrentam uma pressão crescente das políticas comerciais de Trump e também permanecem atolados na incerteza sobre a futura saída do Reino Unido da União Europeia.
A economia alemã se contraiu 0,1% no período de abril a junho devido a uma queda nas exportações e o banco central do país disse que espera uma nova retração no atual trimestre, o que colocaria a maior economia da zona do euro em uma recessão técnica.
-A Reuters contribuiu para esta matéria.