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Bolsonaro volta atrás e nega fim do teto de gastos

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Depois de defender ontem mudanças no teto de gastos públicos, afirmando que teria de apagar as luzes dos quartéis se nada fosse feito, o presidente Jair Bolsonaro voltou atrás e defendeu hoje o limite de despesas fixado em lei. Segundo o presidente afirmou em sua conta no Tweeter, “Temos que preservar a Emenda do Teto. Devemos sim, reduzir despesas, combater fraudes e desperdícios. Ceder ao teto é abrir uma rachadura no casco do transatlântico. O Brasil vai dar certo. Parabéns a nossos ministros pelo apoio às medidas econômicas do Paulo Guedes.” disse o presidente.

A pressa na declaração do presidente, feita antes mesmo da tradicional conversa com jornalistas na saída do Palácio da Alvorada, indica a intervenção da equipe econômica para evitar o desgaste da afirmação de ontem, já que não cumprir o limite de gastos representaria um retrocesso no processo de ajuste fiscal defendido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. A menção ao ministro na fala do presidente mostra que Guedes deve ter atuado diretamente para mudar as declarações de Bolsonaro.

O teto de gastos limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior. Com isso, a expectativa é de forte contenção de gastos no ano que vem, ameaçando o funcionamento da máquina pública.

Mudanças no teto teriam impacto na credibilidade do governo e nos mercados financeiros, já que reduziram a confiança no ajuste fiscal.

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