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Ibovespa sobe pelo 6º pregão com varejo e construção em alta; MRV ganha 9%; dólar cai

No aniversário de 18 anos dos atentados ao World Trade Center, os mercados acionários tiveram um dia de recuperação, em meio às tentativas do governo chinês de retomar as negociações comerciais com os Estados Unidos. Ontem, representantes chineses indicaram que estão dispostos a ceder na importação de produtos agrícolas americanos em troca do adiamento das tarifas pelo governo de Donald Trump e maior tolerância com as empresas de tecnologia chinesas.

Com isso, o Índice Dow Jones fechou em alta pelo sexto pregão consecutivo, de 0,85%, com os investidores procurando mais ações do setor de tecnologia e empresas de menor porte, as chamadas small caps. O Standard & Poor’s 500 subiu 0,72% e o Nasdaq, das empresas de tecnologia, 1,0,6%. Já as small caps puxaram o índice Russell 2000, que fechou em alta de 2,12%, acumulando 4,6% na semana.

Os índices americanos estão novamente perto de suas máximas históricas em número de pontos. Os juros dos papéis de 10 anos do Tesouro americano subiram, 0,02 ponto, para 1,76%, e o petróleo do tipo WTI, negociado em Nova York, caiu 2,5%, para US$ 55,96. O ouro subiu 0,3%. Na Europa, as bolsas subiram, acompanhando o mercado americano e na expectativa da reunião do Banco Central Europeu (BCE) amanha, que pode ter anúncios de medidas para incentivar a economia. O Financial Times,de Londres, subiu 0,96%, em meio à disputa entre o Parlamento e o primeiro ministro Boris Johnson em torno do Brexit. A manobra de Johnson de prorrogar o recesso do Parlamento para impedir uma prorrogação do acordo com a União Europeia foi considerado ilegal por um tribunal da Escócia, em mais uma derrota para o primeiro-ministro. O índice Euro Stoxx 600 subiu 0,85%, com o DAX, da Alemanha, ganhando 0,74% e o CAC, de Paris, 0,44%.

No Brasil, o mercado foi beneficiado pelo crescimento das vendas no varejo em julho, divulgado pelo IBGE. O Índice Bovespa fechou em alta de 0,40%, aos 103.446 pontos, com a recuperação dos setores de varejo e construção civil por conta dos números do varejo, na sexta alta consecutiva do indicador. O índice chegou a superar os 104 mil pontos, mas perdeu força. Com isso, o Ibovespa acumula alta de 0,50% na semana, 2,29% no mês, 17,70% no ano e 38,56% em 12 meses.

No dia 9 de setembro, os estrangeiros retiraram R$ 8,752 milhões da Bovespa, elevando a saída no mês para R$ 2,035 bilhões. Em 2019, a retirada líquida acumulada é de R$ 23,264 bilhões.

O setor de varejo foi principal destaque do dia, recuperando parte das perdas da sessão negativa de ontem após o anúncio da operação da Amazon no Brasil, beneficiado pela divulgação dos dados positivos de venda no varejo, que mostrou aceleração em praticamente todas as categorias observa a Guide Investimentos. A corretora destaca o crescimento da categoria supermercados, impulsionando as ações de Pão de Açúcar PN (6,06%) e Carrefour (3,32%), assim como para a de móveis e eletrodomésticos, impactando Magazine Luiza (6,46%), Lojas Americanas PN (5,21%), Natura (5,38%), B2W (3,26%) e Via Varejo (2,95%).

MRV sobe 9% com liberação do FGTS

Outro destaque positivo, as ações das construtoras, principalmente do segmento de baixa renda, tiveram uma sessão de fortes ganhos. A medida assinada pelo governo garantindo que os recursos do FGTS sejam utilizados para a aquisição de imóveis das faixas 1,5 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida trouxe alívio para o setor, que vinha sofrendo com os recentes cortes no orçamento do programa e atraso nos repasses de verbas, observa a Guide. MRV foi a principal alta do índice, 9,02%, com desempenho também para Tenda (7,38%) e Direcional (6,63%).

Dólar cai para R$ 4,06

O dólar comercial recuou, repercutindo a visão melhor sobre a economia no dia com o resultado acima do esperado pelo mercado das vendas no varejo em julho, diz o BB Investimentos. A moeda fechou cotada a R$ 4,0640 para venda, em baixa de 0,76%, reduzindo a alta na semana para 0,39%. No mês, o dólar comercial cai 1,88%, mas ainda sobe 4,88% no ano. Em 12 meses, a moeda cai 2,19%.

Setor de serviços e BCE amanhã

Para amanhã, a expectativa do mercado no Brasil será com a Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE de julho. Na Europa, a expectativa é com a reunião do Banco Central Europeu, os preços ao consumidor na Alemanha e na França, a produção industrial da zona do euro. Nos Estados Unidos, sai o Índice Preços ao Consumidor (IPC), novos pedidos seguro-desemprego, adiantamento de vendas no varejo e o Índice de Confiança do Consumidor da Universidade de Michigan.

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